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Exclusivo: Flávio e esposa usaram dois imóveis para lavar dinheiro de “rachid”, diz MP

18.12.19 17:23

O senador Flávio Bolsonaro, e a mulher, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, usaram dois apartamentos para lavar dinheiro arrecadado por meio de “rachid” no gabinete do filho do presidente, quando ele era deputado estadual, aponta relatório do Ministério Público do Rio de Janeiro, ao qual Crusoé teve acesso.

Os dois imóveis investigados, localizados em Copacabana, foram comprados por Flávio Bolsonaro em 27 de novembro de 2012, da mesma pessoa, um americano. Os apartamentos pertenciam a outro cidadão dos Estados Unidos que afirmou, em depoimento, não ter autorizado a transação.

Mas o que mais chamou a atenção dos promotores de Justiça foram os valores envolvidos. Eles afirmam que os imóveis foram vendidos a Flávio por 30% a menos do que o antigo dono havia pago por ambos e, um ano depois, o então deputado estadual os revendeu por quase 300% a mais do que havia pago.

Um dos apartamentos, o filho do presidente Jair Bolsonaro comprou por 140 mil reais e repassou por 550 mil, em 24 de fevereiro de 2014, obtendo um lucro de 292%. O outro, ele adquiriu por 170 mil e vendeu a 573 mil (273% mais).

Trata-se, segundo o Ministério Público do Rio, de uma “lucratividade expressiva”, “desproporcional”, já que os imóveis de Copacabana valorizaram, no mesmo período, em média, 10%. Para os promotores, não resta dúvida de que Flávio Bolsonaro “simulou ganhos de capital artificialmente produzidos em torno de 800 mil reais”.

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