Agência Brasil

Entre a causa e as consequências

21.07.19 14:30

Como outros governadores do PT, Fátima Bezerra (foto) tem de se equilibrar entre as causas do partido, contrário a medidas de redução de gastos como a reforma da Previdência, e as consequências de se governar com mais despesas do que permitem as receitas.

A governadora do Rio Grande do Norte já negocia com a Assembleia Legislativa a aprovação de um teto de gastos do estado durante oito anos, nos mesmos moldes que combateu quando foi proposto pelo governo Temer e ela era senadora. Ao mesmo tempo, manteve distância de qualquer iniciativa para incluir os estados na reforma da Previdência que tramita no Congresso.

Mas a fidelidade de Fátima ao posicionamento do PT não resolve o problema da folha de pagamento do estado. Dos 106 mil servidores do Rio Grande do Norte, 51,2% são inativos e consumiram em julho 263 milhões de reais dos 489 milhões de reais empregados no pagamento de salário.

Salários que são recebidos com atraso, uma das causas de insatisfação dos funcionários públicos, que se mobilizam para duas paralisações no estado nesta semana. Os policiais civis vão cruzar os braços por 24 horas na quarta-feira, 24, fechando as delegacias. Um dia antes, na terça-feira, 23, será a vez de os funcionários do Detran potiguar começarem uma paralisação de dois dias, que se repetirá em 13 de agosto.

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