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Entidades cobram corte de supersalários: ‘Economia pagaria Bolsa Família para 1,1 milhão de pessoas’

02.12.20 12:28

Dez entidades integrantes da coalizão Unidos pelo Brasil assinaram uma carta em defesa da aprovação do projeto de lei que proíbe os “supersalários” no funcionalismo público. A proposta foi aprovada pelo Senado e está parada na Câmara há quatro anos. O texto e um abaixo-assinado devem ser entregues a deputados federais nesta quarta-feira, 2. 

De acordo com estimativas do Centro de Liderança Pública, signatário da carta, o governo gasta 2,6 bilhões de reais por ano para bancar remunerações acima do teto constitucional, cujo valor é de 39,2 mil reais. A cifra bilionária, diz a entidade, seria suficiente para pagar o Bolsa Família para 1,1 milhão de famílias por um ano, considerando o valor médio de 190 reais mensais.

Na carta, os dez movimentos mencionam que até mesmo a média remuneratória de alguns tribunais supera o teto. Os tribunais militares, por exemplo, pagam em média 51,8 mil reais por mês aos juízes. No Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, a cifra sobe para 61,1 mil reais. Os números são do Conselho Nacional de Justiça, o CNJ.

As entidades argumentam que barrar os supersalários, limitando as remunerações no setor público ao teto, mostra-se urgente, porque os contracheques astronômicos burlam a lei. “Hoje, 36% da remuneração de juízes é composta por estes extra salariais. O que era um teto, virou uma base”, escreveram.

Para as organizações, a aprovação do projeto resultará em “impactos positivos para a população mais vulnerável do país, onerando apenas uma fatia muito rica da população, além de ser mais um marco da postura republicana do Congresso Nacional”. 

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