Em sete meses de prisão, Daniel Silveira custou mais de R$ 1 milhão à Câmara

Preso, o deputado Daniel Silveira gastou 161 mil reais em verbas de gabinete entre fevereiro e agosto deste ano. Nesse mesmo período, o parlamentar do PSL do Rio de Janeiro nomeou quatro assessores, com salários entre 7,8 mil reais e 15,6 mil reais.

Somando os gastos da cota parlamentar e os salários dos doze assessores que seguem em seu gabinete, o custo de Silveira para a Câmara dos Deputados  desde que foi preso supera 1 milhão de reais.

O deputado se valeu da verba parlamentar para gastos com aluguel de veículos, diárias em hotéis, passagens aéreas, além do pagamento de segurança privada. A assessoria dele disse não ver problema nas despesas, já que o “mandato continua ativo”.

Em julho, o Ministério Público Federal pediu à Procuradoria-Geral da República que fosse instaurado um procedimento para apurar o suposto crime de peculato no uso da verba de gabinete de Daniel Silveira.

O MPF relata ter indícios de que serviços de consultoria contratados pelo deputado, por meio de um escritório de advocacia, nunca foram efetivamente prestados e de que a empresa estaria devolvendo parte do valor recebido da Câmara para o deputado.

Daniel Silveira está preso desde 16 de fevereiro por decisão do ministro  do STF Alexandre de Moraes por difundir “notícias fraudulentas, denunciações caluniosas e ameaças ao Supremo”. Na última semana, o também ministro Luís Roberto Barroso rejeitou um pedido impetrado pela defesa do deputado para revogar a prisão.