Adriano Machado/Crusoé

Em relatório final, procuradores criticam decisão da PGR que asfixiou a Greenfield

21.01.21 11:45

Ex-membros da força-tarefa Greenfield apresentaram o relatório final das investigações e, no documento, criticaram a “pequena estrutura” oferecida pela Procuradoria-Geral da República ao grupo. Mais de 12 bilhões de reais foram recuperados, mas apenas 44% das metas foram atingidas pela força-tarefa destinada a investigar desvios nos fundos de pensão e na Caixa Econômica Federal.

Os procuradores relembram, por exemplo, a decisão da Procuradoria-Geral da República, sob o comando de Augusto Aras, de retirar a exclusividade dos profissionais da força-tarefa em julho de 2020. Eles ressaltam que, àquela altura, já alertavam o órgão de que o efetivo era “bastante aquém do necessário” e que, a partir dali, “sofreu grave prejuízo”.

“Em razão da falta de estrutura adequada de trabalho, o procurador natural do caso, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, único que permaneceu com exclusividade para atuar, decidiu afastar-se da força-tarefa em setembro de 2020”, relatam os procuradores. O ex-coordenador também assina o documento.

Na conclusão, os procuradores afirmam que “apesar de todos os percalços, em termos financeiros, é bastante positivo o saldo de valores garantidos em apreensões, repatriações e reparações pactuadas pela Greenfield”.

“Dessa forma, mostra-se extremamente positiva a relação custo-retorno da força-tarefa, devendo-se considerar ainda as melhorias não contabilizadas de gestão e controle dos fundos de pensão do país e da CEF, tudo em decorrência do trabalho da Greenfield e das instituições parceiras”, concluem.

O fim da operação faz parte do plano de asfixia das forças-tarefas do procurador-geral da República, Augusto Aras, como mostrou Crusoé, em sua edição de número 135. Além de acabar com o grupo, a PGR ainda nomeou Celso Antônio Tres, crítico ferrenho da Lava Jato, como procurador natural dos casos da Greenfield.

Pouco depois de assumir o posto, ele enviou um ofício à PGR em que dizia: “Não estou aqui para trabalhar muito”. O documento foi revelado pelo jornal O Globo. Estão nas mãos dele todas as investigações que não tenham resultado, ainda, em oferecimento de ações contra os envolvidos.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. Este HAAGH!Aras do cacete, é um senhor Pau Mandado do PR! Por causa dos destrambelhados dos filhos do PR está se prestando a destruir a única coisa de que tinhamos para nos orgulhar e gerar esperanças, a LAVA JATO. Que foda! O país dá meio passo pra frente e trinta pra trás. O Brasil é sim o país do futuro com evolução para trás! Que desolação!

    1. O mais espantoso é a total ausência de resistência a esses absurdos.

    1. interessa aos funcionários da Caixa que já estão contribuindo para recompor o rombo da corrupção, por + ou - 20 anos

  2. Aras...você sufocou a lavajato..mas ela é nós brasileiros que ainda estamos VIVOS..não vamos esquecer de sua pequenez....aguarde..o Brasil vai balançar..e você é seu patraozinho assassino bandido..vão cair

Mais notícias
Assine agora
TOPO