Alan Santos/PR

Em Minas, Bolsonaro repete receituário de promessas eleitoreiras e ataques

18.10.21 13:30

Em discurso no interior de Minas Gerais, onde foi inaugurar obras de infraestrutura nesta segunda-feira, 18, o presidente Jair Bolsonaro repetiu o receituário de ataques a adversários políticos e as promessas que podem lhe render dividendos eleitorais.

Ao lado de ministros do governo e políticos mineiros, Bolsonaro disse no palanque que vai resolver ainda nesta semana sobre a prorrogação do auxílio emergencial de 150 a 375 reais pago pelo governo federal durante a pandemia e sobre o preço do diesel, que subiu mais de 30% no ano.

“Vamos resolver essa semana o auxílio emergencial, como também a questão do diesel. As questões não são fáceis, mas temos a obrigação de mostrar a origem do problema e como resolvê-lo”, disse Bolsonaro, que afirmou ter tratado sobre o assunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no fim de semana.

A ideia do governo era pagar a última parcela do auxílio emergencial neste mês e e iniciar os depósitos do Auxílio Brasil, novo nome do Bolsa Família, em novembro, mas o governo ainda precisa aprovar no Congresso as propostas para bancar o programa social, como a PEC dos Precatórios.

Bolsonaro também prometeu atuar para reduzir a crescente inflação no Brasil e disse que outros países estão sofrendo com a alta de preços. O presidente disse ainda que a economia brasileira foi a menos afetada pela pandemia e voltou a criticar a política de isolamento social e obrigatoriedade da vacina adotada pelos governadores, entre eles possíveis rivais nas eleições de 2022, como os tucanos João Doria, de São Paulo, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul.

“A politica do fique em casa a economia a gente vê depois eu nunca apoiei. Eu tinha poderes para fechar o Brasil todo por decreto, mas não fechei um botequim sequer”, afirmou o presidente, que voltou a defender o uso da cloroquina no tratamento da Covid, apesar de já ter sido comprovado que o remédio não tem eficácia no tratamento do vírus.

Na estratégia de manter a polarização com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro voltou a ignorar as denúncias relacionadas à compra de vacinas e o orçamento paralelo para dizer que seu governo “não tem nenhum caso de corrupção” em quase três anos.

“E quando aquele partido daquele cara diz que nós estamos concluindo obras dele, em parte é verdade, sim. Porque ele não concluiu as obras aqui. Esse cara concluiu, sim, obras fora do Brasil. Um excelente metrô em Caracas (capital da Venezuela)”, disse Bolsonaro em referência ao financiamento de obras na Venezuela feito pelos governos do PT.

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