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Em conversa com Renato Feder, Bolsonaro fala em modernizar o MEC

23.06.20 13:00

O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, conversou com o presidente Jair Bolsonaro na manhã desta terça-feira, 23, no Palácio do Planalto, e apresentou realizações de sua gestão à frente da pasta. Não houve, entretanto, convite oficial para que o administrador de empresas assuma o comando do MEC.

O almoço previsto para esta terça-feira foi antecipado e se transformou em uma reunião no Palácio do Planalto. Os ministros da Casa Civil, Braga Netto, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, participaram da conversa, assim como o ministro interino da Educação, Antônio Paulo Vogel.

“O presidente demonstrou estar muito preocupado em saber como o MEC pode apoiar os municípios e estados para dar uma educação de qualidade aos jovens, sobretudo com uso de tecnologia, que pode trazer ganhos às secretarias”, afirmou Feder, em entrevista a Crusoé.

O secretário paranaense e Bolsonaro conversaram ainda sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, o Fundef, que deve ser reformulado em breve no Congresso Nacional. “Esse é um fundo de apoio aos estados e municípios, e é extremamente importante que seja aprovado de forma perene. São recursos muito relevantes”, afirma.

Feder mostrou ainda ao presidente e à equipe do Planalto detalhes sobre o projeto de ensino à distância do Governo do Paraná durante a pandemia. “Todos os nossos alunos estão tendo educação de qualidade na pandemia, 100% dos alunos e professores interagem, fazem lições e mantêm os trabalhos”.

Outro tema da conversa foi a adoção do modelo de escolas cívico-militares. Hoje, há 200 unidades de ensino do Paraná que seguem essas diretrizes. “Não há dúvida de que grande parte da população quer essa educação, nossa conversa foi sobre como implementá-lo da melhor maneira”, contou o administrador de empresas. Ele defende que a comunidade escolar seja ouvida.

Renato Feder evita opinar sobre o programa Escola sem Partido, defendido por bolsonaristas. “Meu foco é uma pauta de qualidade técnica da aula. Essa é minha fala como secretário e, se eu vier a ter a honra de ser ministro, será esse meu papel no MEC. Acredito que temos que olhar o que os bons países fizeram com seus sistemas educacionais. É disciplina, é prova, é qualidade, é presença de aluno, esse é o foco”, explica.

Sobre doações feitas à campanha de João Doria em 2016, quando o tucano concorreu à Prefeitura de São Paulo, o secretário de Educação do Paraná garante que hoje não tem nenhuma relação com o arquirrival de Jair Bolsonaro. Segundo ele, o presidente não tocou no assunto durante o encontro. O chefe do Planalto não fez convites oficiais e prometeu um novo contato. “Ele é um estadista, vai analisar tudo com calma”, justificou.

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