Agência Brasil

Em busca de acesso a mensagens roubadas, Cunha recorre a Lewandowski

27.02.21 12:06

O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal do DF, rejeitou pedido para dar ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (foto) acesso a mensagens hackeadas da Lava Jato.

A defesa do ex-presidente da Câmara juntou a decisão ao processo movido no Supremo Tribunal Federal em que também tenta obter a íntegra do material, reiterando o pedido para que o caso seja analisado pelo ministro Ricardo Lewandowski.

Os advogados de Cunha acionaram o STF após Lewandowski garantir a Lula cópia das centenas de mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro. A defesa alega que houve “omissão” da 10ª Vara, que não assegurou ao ex-deputado o mesmo direito de forma imediata, apesar de as ações penais às quais ele responde lá tramitarem.

Na ocasião, afirmaram que a decisão de Lewandowski não foi “fundada em motivos de caráter exclusivamente pessoal” e alegaram que Eduardo Cunha também sofreu “sistemáticas violações do devido processo legal nos casos da ‘Lava Jato’”. Na ocasião, a 10ª Vara ainda não havia decidido sobre o acesso aos dados.

Na semana passada, o cenário mudou. Leite rejeitou o pedido de Cunha sob o entendimento de que a Operação Spoofing, que investigou o ataque hacker, “ainda tramita em sigilo exatamente para resguardar as provas ali produzidas”.

Os arquivos pleiteados pelo requerente referem-se a mensagens particulares hackeadas das vítimas e não foram utilizadas pelo Ministério Público Federal para embasar a denúncia, tampouco fazem parte do conjunto probatório que será submetido ao contraditório e ampla defesa da instrução criminal”, anotou. 

O juiz acrescentou que “não há razão para estender a decisão que deferiu a Luiz Inácio Lula da Silva a entrega do material coletado no âmbito da Operação Spoofing, pois, os arquivos mencionados tratam de conversas privadas entre autoridades públicas, cuja privacidade deve ser resguardada”.

Diante da recusa, a defesa de Cunha pediu ao STF que seja “determinada imediata distribuição da reclamação ao ministro Lewandowski”, tirando, assim, os autos do gabinete do presidente da corte, ministro Luiz Fux.

O processo está com Fux desde o início do mês, quando a área responsável por fazer a primeira análise sobre a destinação dos processos perguntou ao gabinete do presidente como deveria proceder. Isso porque a decisão que Cunha quer que seja estendida partiu de Lewandowski, os processos relativos à Operação Spoofing são de relatoria de Rosa Weber e as ações da Lava Jato são de competência de Edson Fachin — ou seja, em tese há três ministros habilitados para receber o caso. Caberá a Fux decidir qual deles decidirá sobre o pedido de Cunha.

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  1. Lewandowski o pai dos inocentes ! Chama que ele defende ! Chama que ele acode ! Tantos inocentes condenados ! Que dó que dá do Brasil !!

    1. Vera , é sintomático ver que quando um bandido tem seu pleito negado, recorrem SEMPRE ao trio ternura - Levandowsky, Gilmar ou Tofolli. Porque será? Dizem que os Gambás se cheiram.👀😧

  2. Calma, calma, Eduardo, como diria Monica. LEWAN vai resolver isso para você, uma vez que posa de durão defensor dos problemas da pandemia, mas na initimidade mesmo é àquele das relações interpossais com as empreiteiras como demonstra seu famoso curriculo: nomeado inicialmente por Orestes Quércia e posterioremente por Marisa Leticia. Eduardo você tem alguma dúvida se vai conseguir algo ?

    1. Lula e Dlilma estão aí para comprovar...

    2. O problema é que no Brasil o pau não dá em Chico nem no Francisco. IMPUNIDADE TOTAL. Sobram os militares dos tanques...

  3. Esse traste aí, é uma daquelas ""caras"" de marginais que nos repugnam e que nos levam a imaginar se algum dia ficaremos livres de nos depararmos com elas mídia afora.... e que, curiosamente, depois de uma ficha superlativamente suja e kilométrica de crimes ""ainda"" em grande parte impunes, pode em acréscimo, ""escolher o corvo"" pelo qual quer ser ""julgado"" no stfinho!!! Recomeçou mais um show de chantagens mútuas.... Êta bandidagem infame e especialmente espúria!!!!

  4. Esse traste aí, é uma daquelas ""caras"" de marginais que nos repugnam e que nos levam a imaginar se algum dia ficaremos livres de nos depararmos com elas mídia afora.... e que, curiosamente, depois de uma ficha superlativamente suja e kilométrica de crimes ""ainda"" em grande parte impunes, pode em acréscimo, ""escolher o corvo"" pelo qual quer ser ""julgado"" no stfinho!!! Recomeçou mais um show de chantagens mútuas.... Êta bandidagem infame e especialmente espúria!!!!

  5. 1.1 - Quando alguém vai tomar uma decisão importante, deve sempre levar em conta, que a merda depois que sai do cu, não volta mais para dentro, pelo cu. O STF liberar mensagens criminosas para um criminoso, abriu a caixa de Pandora. Essas mensagens ficaram ao bel prazer de hackers criminosos e agora de um político criminoso, que tem condições de fazer o quê quiser com elas. Esse é o problema de querer usar a lei contra a lei, de forma "customizada", para atender objetivos escusos.

    1. 1.2 - Só tem um jeito de estancar toda essa merda. Alguém começar a comê-la.

  6. Onde passa um boi...passa uma boiada! Não se juntaram todos pra acabar com a Lava Jato?! Já penso em sugerir que não gastem o dinheiro recuperado pois é até possível que os "ladrões peçam a devolução". Afff...este não é um país sério. Que triste!

    1. lembrando da frase do ex presidente da França De Goule quando nos anos 70 visitou o brasil e disse a frase que até hoje soa como se fosse anos 70 "este não é um país serio"

  7. É a volta de tudo que não prestava no nosso país , com as benesses de um judiciário engessado , aos poucos estão destruindo a justiça brasileira , como já alertava o ministro Joaquim Barbosa , quando começaram , enquanto sofremos com a pandemia sem manifestações contra os absurdos o mecanismo podre vai destruindo todos os avanços se apegando em firulas e gambiarras jurídicas .

  8. O texto é confuso, é preciso um exercício literário para juntar os pedaços e entender o que realmente está acontecendo no caso Eduardo Cunha.

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