Agência Senado

Eleição municipal foi determinante para afastamento de Davi e Randolfe

20.09.19 18:20

Integrantes desde 2014 do mesmo grupo político no Amapá, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o senador Randolfe Rodrigues (foto) estão rompidos por duas razões.

Uma, regional, se refere à definição do nome do candidato a prefeito de Macapá nas eleições de 2020. Randolfe apoia Silvana Vedoveli, que era filiada ao PP e no mês passado passou para a Rede. Davi trabalha para emplacar o irmão e primeiro suplente, Josiel Alcolumbre.

O impasse se arrasta há algumas semanas, e acabou potencializado por uma questão nacional ocorrida nesta semana no Senado.

Davi pôs em votação a renovação do mandato de dois conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público que foram favoráveis ao coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, em processos disciplinares contra o procurador. Ambos foram rejeitados. Randolfe, que apoiava a recondução, chegou ao plenário quando a votação já estava em curso.

Depois, reuniu-se com dois dos principais opositores de Davi na Casa, Alvaro Dias e Lasier Martins, criadores do grupo Muda, Senado. Randolfe atacou Davi, que disse ser “alguém que não dialoga, não conversa com as lideranças de oposição, alguém que faz coro com manifestações do plenário quando é para atender seus interesses, alguém que persegue opositores”. A partir daí, não se falaram mais.

No entanto, nesta sexta-feira, 20, no Amapá, Davi acenou a Randolfe: “Sempre foi um amigo e companheiro político”, lembrou. “Acredito que tudo isso seja motivado pelo calor da emoção, natural do embate político e exacerbado pelo clamor midiático.  Randolfe sabe que eu continuo disposto ao diálogo e ao entendimento”, afirmou.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO