Agência Senado

Doleiro preso pela Operação Patrón foi personagem de tentativa de salvar Collor

19.11.19 09:16

Preso na manhã desta terça-feira, 19, na Operação Patrón, realizada pela Lava Jato do Rio de Janeiro, o doleiro Najun Turner ficou conhecido por ter participado de uma tentativa fracassada de salvar o então presidente Fernando Collor (foto) do impeachment em 1992: a “Operação Uruguai”.

Assim foi batizado um esquema criado pelo secretário particular de Collor, Cláudio Vieira, para tentar mostrar que as despesas do presidente eleito há 30 anos não eram pagas por PC Farias. A versão seria de que Collor, Paulo Octavio e Luiz Estevão, na época empresários, fizeram um empréstimo de 5 milhões de dólares, com a Alfa Trading, corretora uruguaia.

Collor teria usado 3,75 milhões de dólares deste valor para Turner comprar 300 quilos de ouro. Quando o ex-presidente precisava, Turner vendia parte do ouro e depositava o dinheiro na conta da secretária particular Ana Acioli. A versão montada por Vieira, no entanto, não convenceu a ninguém e não impediu a queda do primeiro presidente eleito no Brasil depois da ditadura.

Turner foi preso em 2005, quando já estava condenado a 10 anos de prisão por operar como instituição financeira sem estar autorizado pelo Banco Central e caixa dois. No processo, ele havia sido absolvido em primeira instância, em 2000, pelo juiz federal João Carlos da Rocha Matos, afastado depois de acusado de liderar uma quadrilha de venda de sentenças judiciais, na ação que ficou conhecida como Operação Anaconda.

Na operação realizada hoje, a Polícia Federal encontrou na residência de Turner, em São Paulo, provas de que ele continuava atuando no mercado de câmbio. A Patron busca pessoas que ajudaram o doleiro Dario Messer, preso em julho, a fugir da polícia ou ocultar seu patrimônio.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. CORRUPÇÃO E CRIME NUNCA TÊM FIM. VAGABUNDO CORRUPTO E TRAFICANTE NÃO TIRAM FÉRIAS, NÃO LIGAM A MÍNIMA PARA FERIADOS E, TAMPOUCO TÊM FINS DE SEMANA. ISSO É COISA PARA OPERÁRIO (PORQUE VIVE CANSADO DE TANTO TRABALHAR), POLITICO E MAGISTRADO CORRUPTO (SEMPRE CANSADOS DE MORDOMIAS E DE CONTAR DINHEIRO DE PROPINAS).

    1. A podridão a corrupção é da natureza humana. Já em tempos imemoriais tudo que está acontecendo já existia. Não é o país que corrupto, são as pessoas.

Mais notícias
Assine agora
TOPO