Agência Brasil

Dodge: trechos arquivados de delação tinham ‘absoluta falta de elementos’

17.09.19 18:36

Em seu último dia à frente do cargo, a procuradora-geral da República Raquel Dodge (foto) voltou a defender nesta terça-feira, 17, o arquivamento dos trechos da colaboração premiada do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro que citam um irmão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

“O acordo de colaboração premiada tinha 109 anexos, dos quais pedi o arquivamento de quatro por absoluta falta de elementos que embasassem o que foi declarado”, alegou Dodge. Os outros dois trechos arquivados mencionavam o ministro do Superior Tribunal de Justiça Humberto Martins e o presidente do Tribunal de Contas da União, José Múcio Monteiro.

O episódio provocou um pedido de demissão coletiva da equipe que estava no grupo de trabalho da Lava Jato na PGR, incluindo a procuradora Raquel Branquinho, que era o braço direito de Dodge. A procuradora-geral voltou a afirmar que apenas cumpriu a lei neste caso, na entrevista coletiva que concedeu a partir do fim da tarde para falar dos resultados de sua gestão.

“Estou neste âmbito seguindo rigorosamente a lei. Não posso prometer algo a quem não está cumprindo o acordo”, afirmou Dodge. A procuradora insistiu que, nos quatro anexos, não houve informações novas relevantes. Com o pedido, os trechos foram arquivados pelo ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava Jato na corte.

Questionada sobre um ofício de Fachin que apontou a demora da PGR em se manifestar sobre investigações da operação, Dodge negou que tenha diminuído o ritmo do trabalho. “Tenho  muita consciência de que não fiz isso, como gestora da instituição”, afirmou.

A procuradora-geral acrescentou que garantiu recursos para a expansão das forças-tarefa da operação e lembrou ter protocolado 64 denúncias no STF e no STJ, sem detalhar quais eram os casos da Lava Jato ou quem foi denunciado.

“Posso dizer com muita tranquilidade que o número de denúncias apresentadas supera em muito o número de denúncias apresentadas por outros procuradores-gerais nos últimos quatro anos”, afirmou. Nos quatro anos anteriores à gestão de Dodge, a Procurador-Geral da República foi comandada por Rodrigo Janot.

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  1. Por que os sérios e competentes procuradores da Lava Jato do grupo que trabalhava com a Raquel renunciaram? Essa ex-procuradora é uma vergonha, vingativa e covarde!

    1. INTERESSANTE, engaveta o tempo todo,PROTEGENDO EM PCRA . QDO. PERDE SAI ATIRANDO PARA TODO LADO. QUE COISA FEAAAAAAA.

  2. Macacos me mordam, quanta coincidência!!! De 109 anexos, 4 que mencionavam os “justiceiros” não tinham embasamento... santa coincidência, Batma!!!! Bora, Raquel, hora desse Dodge andart...

  3. A atuação desta PGR como a atuação do seu antecessor é uma mancha enorme no argumento de que a lista tríplice garante investigações isentas, apoia e protege a lava-jato. Uma vergonha. Nada vai para frente. As investigações não andam. Postergam até prescrever ou então mandam arquivar " por falta de provas ", para não dizer " excesso de provas ". Esta aí e Janot, não passam de esquerdistas que fizeram de tudo e mais um pouco para ajudar o chefe Mor presidiário e sua quadrilha. Igual ao STF.

  4. Vários processos contra deputados e senadores continuam parados a anos... Isto é uma vergonha e só favorece a impunidade do "colarinho branco"...

  5. Triste despedida, ainda bem que Bolsonaro não a indicou, por essas e outras a mocinha era a queridinha de Tofoli e Maia. Não se vê saída o corporativismo sempre fala mais alto. Enquanto o povo não levar a política a sério, vai-se vivendo nesse lamaçal fétido de um canalha acobertar o outro. Seus últimos atos detonam seu verdadeiro caráter camuflado nas hostes de uma pseudo idoneidade numa carinha de Patricinha do bem.

    1. Mesmo sem filiação, esta SENHORA deve ser petista. Com certeza...

  6. Dodge...saudades. Hoje temos a Dodge RAM, da Ram Trucks, a picape "monstruosa e inacreditável", segundo a crítica. Impossível não notar, 6m. de comprimento,2m. de largura, entre eixos de 3,79m., ângulo de saída de 27 graus, motor Diesel Cummins 6.690c.c., 24 válvulas,injeção direta, 330 cv. Alcançou independência mas continua sendo Divisão Chrysler a qual é dirigida e controlada pela FIAT.Virou Fiat Chrysler Automobile a 3ª maior do mundo. Fusões são assim, criam monstros no mundo dos negócios.

  7. Minha Sra, te prometeram uma cadeirinha no STF? ... Não tem outra explicação!!! Corja pura!!! Mais cedo ou tarde, guilhotina na bandidagem.

    1. Já conheci Dodges melhores. Já não se fazem mais Dodges como antigamente.

    1. a passagem dessa senhora pela PGR é tipo o ditado lá da minhas, perdem o linguajar" não pediu na entrada, mas cagou na saída"

  8. A FALTA DE ELEMENTOS NA VISÃO DELA CONTRARIA A VISÃO DE 06(SEIS) OUTROS PROCURADORES, OBSERVA-SE UM PAR DE OLHOS OUTROS 06 (SEIS) - TOTAL DE 02(DOIS) CONTRA 12(DOZE), RESTAM 10(DEZ).

  9. "Falta de elementos"... mera coincidência os envolvidos serem simplesmente o mano do amigo do amigo e do Buchudinho manipulador. Se fosse um brasileiro do povo "normal" que trabalha e paga imposto prá sustentar essa corja já estaria algemado! Eitcha Dodge, não prestou pro que veio!

  10. lamentável Dodge . depois vem com esse discurso de democracia .. os que mais ofendem a democracia falam dela como se fossem os maiores defensores .. defensores às avessas ... acho que esse país vai ser difícil consertar. é muita gente mau intencionada ou olhando para o próprio umbigo ou para seus pares .. só destituindo todo mundo e começando de novo com nova constituição .. essa já está contaminada ..

    1. Meu a PGR inteirinha é de EXTREMA ESQUERDA um antro! Veja pelo largo de São Francisco USP

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