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Ditadura forja provas contra tio de Juan Guaidó

13.02.20 15:28

O chavista Diosdado Cabello (foto), presidente da Assembleia Nacional Constituinte, obediente ao ditador Nicolás Maduro, acusou em seu programa de televisão o tio do presidente interino Juan Guaidó, Juan Jozé Márquez, de entrar na Venezuela com explosivos. Márquez foi preso quando acompanhava Guaidó em seu retorno ao país após diversos encontros com chefes de governo.

“Ele estava com lanternas táticas, que continham no compartimento da bateria substâncias químicas de natureza explosiva, presumivelmente o explosivo sintético C4”, disse Cabello em seu programa semanal Con el mazo dando (Batendo com um pau).

Mas a possibilidade de que Márquez estava com explosivos é baixa. “Ele viajou em um voo comercial que partiu de Lisboa, Portugal. Teria sido muito difícil entrar com explosivos dentro do avião”, diz o advogado venezuelano Alí Daniels, diretor da ONG Acesso à Justiça, em Caracas.

Esta não é a primeira vez que o governo cria acusações contra opositores. Em 2016, Yon Goicoechea, do partido Voluntad Popular, foi preso quando fazia uma mudança. Ele foi afastado do caminhão com suas coisas e, quando voltou, os oficiais tiraram malas com explosivos e armas de dentro do veículo.

“A ditadura quer vender a tese de que a oposição está cheia de explosivos. Mas são as autoridades do governo que a todo momento estão desfilando com armas militares”, diz Daniels.

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