STJ

Desembargadores baianos suspeitos de venda de sentença movimentaram 77,4 milhões

19.11.19 13:42

Os quatro desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia afastados por decisão do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, o STJ, movimentaram 77,4 milhões de reais desde 2013. Os valores são citados na decisão da Operação Faroeste, que investiga um esquema de venda de sentenças judiciais envolvendo uma disputa de terras no oeste baiano.

Foram alvos da decisão do STJ: o presidente do TJ-BA, Gesilvaldo Britto (foto), o desembargador José Olegário Monção e as desembargadoras Maria da Graça Osório Pimentel Leal e Maria do Socorro Barreto Santiago.

O líder no ranking de valores movimentados é o presidente do TJ-BA. Pelas contas do desembargador Gesilvaldo Britto transitaram 24,4 milhões de reais desde 2013 – desse total, 2,2 milhões não possuem sequer origem e destino identificados. Chamou a atenção dos investigadores o fato de apenas 2,2 milhões, dos 12,1 milhões creditados em suas contas, serem originários de seus vencimentos como magistrado. Segundo a PF, o montante é “incompatível” com seu salário.

Na segunda colocação está José Olegário Monção Caldas. O desembargador movimentou 22,3 milhões desde 2013, sendo que 1,7 milhão sem origem e destino identificados. Além da suspeita sobre 340 mil reais em depósitos em dinheiro na sua conta, os investigadores também citam que dos 11,1 milhões creditados em seu nome, apenas 2,5 milhões vieram dos salários mensais pagos pelo TJ-BA.

Entre as desembargadoras afastadas, Maria do Socorro Barreto Santiago movimentou 17,4 milhões desde 2013. Assim como nos outros casos, uma boa parte, ou 1,5 milhão, não possuem origem nem destino explicados aos bancos. Na conta de Maria do Socorro entraram 8,7 milhões de reais, sendo que apenas 2 milhões relacionados aos vencimentos como servidora pública. 

Maria da Graça Osório Pimentel Leal, por sua vez, movimentou 13,3 milhões de reais desde 2013 por meio de 57 contas bancárias abertas em seu nome. Do total de 13,3 milhões movimentados, chamou a atenção da Polícia Federal o valor de 1,9 milhão sem origem e destino identificados. Além disso, do total de 6,7 milhões que entraram nas contas de Maria da Graça, apenas 2 milhões têm origem nos salários como magistrada. Segundo a PF, o “volume de ganhos é totalmente incompatível com vencimentos recebidos como servidora pública”.

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  1. Só num país onde a impunidade reina quase que de forma absoluta, "certas excelências" são afastadas de suas "honoraveis funções" em vez de irem direto para o xadrez. Pobre Brasil.

    1. A Receita Federal fiscaliza e cobra tributos e não pode, porque é proibida por lei, divulgar dados, exceto representar ao MPF sobre os indícios de crime. Mas se o MPF e/ou Polícia Federal não continuam com os demais procedimentos, paciência e não é culpa dela.

  2. Estas pessoas são escolhidas e pagas para fazer justiça,combater o crime e proteger o cidadão de bem que paga seus salários. Quando fazem tudo ao contrário a punição tem que ser muito mais severa que um bandido comum está sujeito. Sou a favor da execução da vida, para que sirva de exemplo.

  3. Este STFedorento onde o laxante Gilmerd é o mais vendido, e exemplo para os demais do ramo. Se vende de tudo, até a alma para botar o vil metal em suas contas. Recebi recentemente em meu celular um filminho onde o presidente Totó Fifilho da mãe ensina como roubou um processo em um tribunal e ganhou a causa por este ato, com a cara mais cínica e lavada o mundo. Esperar mais o que? Vem de longe... Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão. Filhote de Luladrão, seu paipai. EXPEDITO

    1. Será que finalmente chegamos à máfia do Judiciário. Vamos acompanhar de perto!

    1. Agora o certo mesmo , seria se fazer uma Auditoria e Revisão em todas as descisões , Sentenças e Acordõaos desses Desebargadores de pelo menos os últimos 10 anos . Muita gente foi prejudicado por esses julgadores . Fica aí minha sugestão.

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