Desembargadora alvo da PF por venda de sentença mantinha 57 contas bancárias

19.11.19 12:36

Afastada do cargo no âmbito da Operação Faroeste, a desembargadora Maria da Graça Osório Pimentel Leal (na foto) tem em seu nome 57 contas bancárias por onde movimentou 13,3 milhões de reais desde 2013.

Ao lado de outros desembargadores e juízes baianos, Maria da Graça é suspeita de participar de um esquema de venda de decisões judiciais no Tribunal de Justiça da Bahia.

Na decisão que autorizou o afastamento da magistrada e prisões de outros envolvidos no esquema no TJ-BA, o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, cita relatório dos investigadores sobre as transações suspeitas de Maria da Graça. 

Do total de 13,3 milhões movimentados, chamou a atenção da Polícia Federal o valor de 1,9 milhão sem origem e destino identificados. Além disso, do total de 6,7 milhões que entraram nas contas de Maria da Graça, apenas 2 milhões têm origem nos salários como magistrada. Segundo a PF, o “volume de ganhos é totalmente incompatível com vencimentos recebidos como servidora pública”.

Sobre as várias contas em nome da magistrada, a decisão cita que “apesar de não ser crime, quando considerado de forma isolada, ganha foros de suspeição diante do grande volume de transações eletrônicas, cheques e depósitos em dinheiro não identificado, a pontilhar mecanismo típico de lavagem de dinheiro, numa gramatura possivelmente associada à corrupção”.

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