Júlio Nascimento/PR

Depois de Pazuello, ‘Capitã Cloroquina’ vai ao STF para ficar calada na CPI

17.05.21 09:04

Após o Supremo Tribunal Federal conceder habeas corpus para que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello possa ficar em silêncio na CPI da Covid, a médica Mayra Pinheiro, que comanda a Secretaria de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, também recorreu ao STF em busca do direito de não se autoincriminar. Conhecida como “Capitã Cloroquina”, Mayra é uma das maiores entusiastas da prescrição de cloroquina e de outros remédios ineficazes contra o coronavírus. O habeas corpus ainda não foi distribuído a nenhum ministro da corte.

O depoimento da secretária está marcado para esta quinta-feira, 20. Na petição protocolada na corte, Mayra afirma que a CPI “vem impedindo o exercício da prerrogativa constitucional contra a autoincriminação, constrangendo de forma inaceitável pessoas inocentes, que sequer estão indiciadas, denunciadas ou condenadas”.

A médica citou as ameaças de prisão contra o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten e afirmou que o advogado do ex-chefe da Secom foi impedido de se manifestar durante a sessão. Mayra alega ainda que o presidente da CPI, o senador Omar Aziz, “humilhou pública e desnecessariamente” Wajngarten.

Mayra diz na petição que tem “atuado, permanentemente, com integral respeito aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência” e que todos os seus atos “estão respaldados por documentos produzidos pelo Ministério da Saúde e por documentos e publicações científicas, produzidas por pesquisadores de renome nacional e internacional sobre abordagem farmacológica da doença”.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO