Temer e Bolsonaro:

De olho na repercussão da ajuda ao Líbano, Bolsonaro vai acompanhar embarque da missão

12.08.20 08:11

As explosões que atingiram a zona portuária de Beirute e mataram pelo menos 220 pessoas causaram comoção no Brasil, sobretudo entre a grande comunidade libanesa. De olho na repercussão da ajuda humanitária ao país, o presidente Jair Bolsonaro viaja a São Paulo nesta quarta-feira, 12, para acompanhar a cerimônia de embarque dos integrantes da missão que vai ao Líbano. O grupo será chefiado pelo ex-presidente Michel Temer, que é filho de libaneses. Réu em duas ações penais e com o passaporte apreendido, ele obteve aval da Justiça para deixar o país.

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República confirmou que está prevista a viagem de Jair Bolsonaro a São Paulo nesta quarta-feira. A reportagem questionou a Secom, o Ministério da Defesa e o Itamaraty a respeito dos custos estimados para a missão humanitária, mas não obteve informações sobre as despesas previstas.

A escolha dos integrantes da missão tem um significado político para Bolsonaro, em um momento em que o chefe do Planalto tenta ampliar sua base no Congresso. Com a escolha de Michel Temer, um dos principais caciques do MDB, o presidente da República faz um importante aceno à sigla. No mês passado, o MDB oficializou seu afastamento do Centrão, ao deixar o bloco de partidos comandado por Arthur Lira, do PP.

A missão especial ficará na região de Beirute até sábado. Além de Temer, a comitiva que levará ajuda humanitária terá a participação do presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf; dos senadores Nelsinho Trad, do PSD, e Luiz Pastore, do MDB; do secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Flávio Rocha; do secretário de Negociações Bilaterais no Oriente Médio, Europa e África do Itamaraty, Kenneth da Nóbrega, além de representantes do Exército. O publicitário Elsinho Mouco, ex-assessor de Temer, também integra a comitiva oficial do governo brasileiro.

Um avião da Força Aérea Brasileira levará seis toneladas de cargas, entre alimentos, medicamentos e insumos, como 100 mil máscaras e 300 respiradores. As duas aeronaves da FAB que integram a missão, uma de carga, a outra, de passageiros, farão paradas em Fortaleza; na Ilha do Sal, em Cabo Verde; e em Valência, na Espanha. O trajeto completo deve durar cerca de 30 horas, de acordo com o Ministério da Defesa.

Em videoconferência com líderes mundiais realizada no domingo, o presidente Jair Bolsonaro disse que as doações foram reunidas pela comunidade libanesa no Brasil. “Estamos prestando assistência humanitária emergencial e propondo ações de cooperação no médio e longo prazo, em benefício da sociedade libanesa”, afirmou o presidente, que anunciou ainda o envio de uma equipe técnica para colaborar nos trabalhos de perícia.

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  1. Muito bom presidente! Nesta hora precisamos ajudar nossos primos libaneses que tanto ajudaram nosso país , principalmente em São Paulo que tem uma das maiores comunidades libanesas , fora do Líbano . A escolha do ex presidente Michel Temer foi muito acertada . Parabéns PR !

  2. Conhecendo a verdade e se libertando.. quem votaria nesse cara se esta foto fosse tirada antes da ELEIÇÃO.. que absurdo!!! me sentindo um idiota..

    1. André, vc. è Gado que ingule tudo pelo seu mito-man, certo? Até se colocar na foto todos os corruptos líderes amigos do Centrão? E Queiroz & Familicia? Seria uma bela foto de grupo de bandidos. Vai pastar grama!

  3. O porquê dos cargaueiro da fab não fizeram 2 pouso em BSB, para presidente bater foto, 3 pouso África, Espanha e... Quanto dinheiro R$ voando desnecessário, inoperante para ego retrô.

  4. Não adiante. Apenas os vírus, as bactérias e patetóides (o termo criado e bem utilizado por nossa amiga Odete para designar um grupo de bozistas) ainda apoiam o genocida. Quem é honesto, quer a renúncia do Bozo o mais rápido possível.

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