Leonardo Hladczuk/MRE

Cúpula do Mercosul: o recado de Ernesto Araújo à Argentina

01.07.20 12:58

O chanceler Ernesto Araújo cobrou nesta quarta-feira, 1º, durante a abertura da Cúpula do Mercosul, que os demais sócios do bloco avancem em uma posição conjunta em prol do restabelecimento da democracia na Venezuela. A declaração é um recado para o governo de Alberto Fernández, que se afastou do Grupo de Lima. 

“Outro pilar que sustenta o Mercosul é a democracia. Hoje a Venezuela representa o principal desafio para a nossa região nessa dimensão. Isso apesar dos ingentes esforços que temos feito para contribuir com uma transição democrática naquele país e para o fim da tirania que o assola”, enumerou o chanceler, destacando a atuação brasileira. 

“É um desafio que o Brasil continuará  encarar com sentido de prioridade. E é, infelizmente, um desafio que o Mercosul até aqui ainda não conseguiu encarar como bloco”, criticou o ministro, durante a videoconferência que marca a transição da presidência paraguaia do Mercosul para o Uruguai. 

Araújo também criticou o bloco por ter impossibilitado a participação da Bolívia nos trabalhos do Mercosul no primeiro semestre de 2020, já que o país é candidato a ser o quinto sócio do bloco e agora tem o apoio brasileiro, após a destituição de Evo Morales. “O Brasil espera que essa situação possa ser logo revertida”. 

Ao contrário da postura adotada em outros eventos, o chanceler evitou fazer improvisações durante seu discurso de abertura, traço comum de sua expressão em público. Desta vez, ele preferiu ater-se a um discurso que já havia sido previamente escrito e combinado com seus auxiliares diretos para questões relativas ao Mercosul.

Mais notícias
Assine agora
TOPO