Mateus Bonomi/Crusoé

Críticas a procuradores da Lava Jato no Supremo

13.03.19 16:56

O julgamento no Supremo Tribunal Federal que vai decidir se a Justiça Eleitoral pode assumir inquéritos de crimes de corrupção relacionados a crimes eleitorais começou nesta quarta-feira, 13, com críticas a procuradores da Lava Jato, para quem a mudança, se aprovada, pode acabar com a eficácia da operação.

Tanto o presidente da Corte, Dias Toffoli (foto), quanto o ministro Alexandre de Moraes reprovaram declarações de procuradores da Lava Jato, por considerarem que elas levantam suspeitas contra a Justiça Eleitoral e outras instâncias judiciais.

Dias Toffoli disse que vai fazer uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público contra o procurador Diogo Castor por um artigo publicado no Antagonista contra a alteração, pedindo que se avalie se ele cometeu calúnia, difamação ou injúria ao se manifestar contra o envio de processos para a Justiça Eleitoral.

O julgamento é de um recurso apresentado pelo deputado federal Pedro Paulo, do DEM do Rio, e o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes. Moraes e Marco Aurélio foram os primeiros a votar. Eles se pronunciaram a favor de que as acusações de recebimento de propinas pela Odebrecht em 2010 e 2012 pelo deputado e o ex-prefeito sejam julgadas na Justiça Eleitoral do Rio.

Apenas a acusação de recebimento de 300 mil reais em 2014 ficaria com a Justiça Federal, de acordo com o voto dos dois ministros.

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