Agência BrasilEl Hage, coordenador da Lava Jato do Rio: também na mira

Chefe da Lava Jato no Rio: Toffoli parou ‘praticamente todas’ as investigações de lavagem no país

16.07.19 16:00

Para o coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, Eduardo El Hage (foto), a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de suspender investigações que tenham informações financeiras compartilhadas por órgãos de controle, sem prévia autorização judicial, prejudica a maioria das investigações sobre lavagem de dinheiro no país.

A decisão de Toffoli, tomada na segunda-feira, 15, foi em resposta a um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro para interromper um inquérito sobre suspeita de lavagem de dinheiro e de desvio de verbas públicas envolvendo o filho do presidente Jair Bolsonaro.

“A decisão monocrática do presidente do STF acarreta a suspensão de praticamente todas as investigações e processos de lavagem de dinheiro no Brasil”, afirmou o procurador da República.

Como coordenador da Lava Jato no Rio, Hage foi um dos responsáveis pelas investigações sobre parlamentares e ex-parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro que teriam recebido recursos do esquema de corrupção liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral.

Foi a partir daí que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, identificou movimentações de 1,2 milhão de reais de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio  na Assembleia. A descoberta foi a base do inquérito sobre o senador do PSL do Rio de Janeiro pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, suspenso ontem por Dias Toffoli.

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