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Confira os principais pontos da entrevista do ministro da Saúde

25.03.20 19:54

Ao longo de quase uma hora, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (foto), pregou, nesta quarta-feira, 25, o alinhamento entre Executivo e governadores em relação à implementação de medidas para conter o avanço do novo coronavírus no país. A doença já provocou a morte de 57 pessoas no país e infectou outras 2.433.

O ministro abordou o tema durante entrevista coletiva um dia após o presidente Jair Bolsonaro declarar que governadores e prefeitos precisam abandonar “o conceito de terra arrasada, com a proibição de transportes e o fechamento do comércio”.

Mandetta repetiu a avaliação de que ações incisivas, como bloqueios de estradas e decretos de quarentena indiscriminados, podem atrapalhar o funcionamento do sistema público de saúde, pois inviabilizam a produção e a entrega de medicamentos e vacinas.

Defensor do isolamento domiciliar desde o registro dos primeiros casos de Covid-19 no país, ele avaliou o fechamento geral de comércio e outros negócios:  “Ficou muito desorganizado. Não ficou bom.”

O ministro, no entanto, sinalizou que busca uma trégua com os governadores ao contar que conversou com chefes de Executivos locais sobre a reestruturação das medidas. De acordo com Mandetta, as decisões precisam ser técnicas e discutidas entre diferentes áreas das gestões estadual e federal. 

Confira os principais trechos da coletiva:

— Fico: O ministro assegurou que, apesar da turbulência causada pelo pronunciamento de Bolsonaro, não cogita deixar o cargo. Mandetta alegou que sairia do comando da pasta apenas em três situações: se o presidente ordenasse, caso estivesse doente ou após o fim da pandemia.

— Críticas: Mandetta voltou a criticar a imposição de fechamentos gerais em estados em desacordo com o Ministério da Saúde. “Saímos praticamente do início dos números para um efeito cascata de decretação de lockdowns em todo o território nacional, em paralelo, como se estivéssemos todos em franca epidemia.”

— Alinhamento: O chefe da Saúde disse que conversou com governadores sobre o alinhamento das decisões com o governo federal. “Você me comunica, eu dou uma olhada, checo, falo ok e me preparo.”

— Plano nacional: Mandetta reconheceu que, eventualmente, alguns locais terão de passar por imposições mais duras. Pediu, portanto, a elaboração de um plano nacional a várias mãos, com a participação de governadores e prefeitos.

— Celebrações religiosas: Apesar de defender que a população evite grandes concentrações, o ministro não vê problema na realização de cultos e missas. “Que fiquem abertas, só não se aglomerem. Fé é elemento de melhora na alma, no espírito.”

— Escalada: Após criticar as medidas restritivas adotadas por estados e municípios, Mandetta previu a escalada do número de casos de coronavírus e de mortes no país. “Estamos só no início, temos só 30 dias do primeiro caso. Estamos iniciando a subida, que leva algumas semanas. Temos nossas projeções e vamos ver se elas vão bater.”

— Medicação: O ministro anunciou a distribuição de 3,4 milhões de unidades de hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus em estado grave. O medicamento será liberado a partir desta quinta-feira, 26.

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  1. O Bozo Mata-Idoso criou tanta confusão na cabeça das pessoas que agora elas não sabem mais o que fazer. Como brasileiro e mesmo indisciplinado, o vírus vai propagar sem trégua. A taxa de mortalidade no Brasil já está em 2.3%, acima da média mundial. A cada 10 milhões de pessoas infectadas, pode-se esperar 230 mil mortes. Os Bozistas estão querendo pagar o preço?

    1. Sugiro que você veja a entrevista na íntegra. O ministro demonstrou muita sensatez, capacidade de planejamento, análise, liderança. Enfim, sabe o que está fazendo - na minha opinião, que é isenta de posicionamento político ou idolatria.

    2. cala essa boca imunda seu nojento, ninguém aguenta mais esses seus comentários de ódio e insensatez.

  2. MEU DEUS DO CÉU ANA, QUAL A DIFICULDADE DE ENTENDER QUE ISOLAMENTO DOMICILIAR E LOCKDOWN ESTÚPIDO NÃO SÃO A MESMA COISA? -Isolamento domiciliar: grupo de risco, sintomáticos e pessoas que moram com sintomáticos ficam em casa -Distanciamento social: evitar contato com grupos, especialmente grandes aglomerações -Lockdown: Fecha TUDO, prende TODO MUNDO em casa e destrói a economia do país, acaba com a logística e o abastecimento farmacêutico e hospitalar e quebra todas as empresas. Ministro n mudou

  3. Ministro Mandetta falou certo, esta medida de fechamento do comercio não deve ser generalizados, precisa ser estudados situação de cada municipio, se não há nenhum contaminados, deve ter flexibilisação das medidas, e isso que o presidente Bolsonaro disse.

  4. Ainda bem que temos Mandetta. Forte, lider, equilibrado e técnico. Tenho enorme admiração e respeito pelo jornalismo da Crosue. Obrigada aos competentes jornalistas.

    1. o único que presta nesse lixo de revista é o Cláudio Dantas, o resto é só fofoqueiro que vieram da Folha de São Paulo.

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