Flickr/Derek Winterburn

Turistas dos Emirados Árabes podem estreitar laços com Israel e promover a paz

14.08.20 18:01

Em 2018, apenas 25 moradores dos Emirados Árabes Unidos visitaram Israel. É um número ínfimo. Nesse mesmo ano, 72 mil egípcios e jordanianos viajaram para o país.

Com o anúncio do acordo de paz entre Israel e Emirados Árabes Unidos, feito nesta quinta, 13, essa realidade pode mudar. Diversos tratados devem ser assinados nas próximas semanas, incluindo um sobre turismo. Voos diretos entre Tel Aviv e os aeroportos dos Emirados Árabes Unidos serão estabelecidos. Com isso, turistas de Dubai, Abu Dhabi e dos outros emirados poderão visitar a mesquita de Al Aqsa (foto), em Jerusalém, com muito mais comodidade. “Al Aqsa é considerado o terceiro lugar mais sagrado do islamismo, depois das mesquitas de Meca e Medina, na Arábia Saudita. Muitos muçulmanos, incluindo alguns ricos cidadãos dos Emirados Árabes, gostariam de conhecê-la, mas não conseguem”, diz o americano Dallen Timothy, especialista em turismo no Oriente Médio e professor da Universidade Estadual do Arizona.

Entre os árabes muçulmanos que visitam Israel, muitos reclamam de serem revistados com rigor excessivo no aeroporto de Tel Aviv — queixa que é compartilhada por muitos brasileiros. À medida que mais árabes dos Emirados passarem a visitar Jerusalém e outras cidades, a inspeção pode ficar mais branda. “Quando há um contato mais próximo entre pessoas de povos distintos, a desconfiança diminui. Isso é algo que já temos observado na Cisjordânia, entre israelenses e palestinos”, diz Timothy. “Se a política não atrapalhar, o turismo poderá ter um papel importante para promover a paz.”

A aproximação de Israel com os Emirados Árabes pode ser ainda mais profícua do que a que ocorreu com o Egito e a Jordânia, que também assinaram acordos de paz. “Israel e Emirados Árabes não têm um histórico de conflito, apenas não tinham uma relação formal. Isso faz com que seja muito mais fácil cultivar uma relação amistosa entre os dois povos”, diz o cientista político André Lajst, da ONG StandWithUs Brasil. “O acordo desta quinta foi uma mudança sem precedentes no Oriente Médio. Foi gigantesco.”

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  1. softemos esse tipo de constrangimento na fronteira entre Jordania e Israel, sp pqye minha amiga tinha uma etiqueta da Emirates esquecida na mala, de uma viajem anterior!

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