Gabriel Matos/Senado Federal

Como a CPI pretende avançar na investigação sobre hospitais federais do Rio

20.06.21 15:15

O depoimento do governador cassado do Rio Wilson Witzel abriu um novo flanco de investigação na CPI da Covid: a gestão de hospitais federais localizados no estado. A apuração deve se dividir em pelo menos três eixos. Passará pela deficiência de leitos destinados ao atendimento de pacientes infectados pelo coronavírus, por eventuais irregularidades em contratos e pela suposta ação de milícias nas unidades de saúde.

Na última semana, o senador Humberto Costa (foto), do PT de Pernambuco, protocolou requerimentos de informações endereçados aos seis hospitais federais fluminenses. Os pedidos devem ser aprovados pela CPI nos próximos dias.

Nos documentos, o petista questiona quantos leitos de internação e de UTI voltados a pacientes diagnosticados com Covid-19 funcionaram de 1º de janeiro de 2020 até hoje e quantos mais poderiam ter sido habilitados. Além disso, indaga por que os hospitais não abriram novos espaços para o tratamento de pessoas infectadas pelo novo coronavírus e se o Ministério da Saúde agiu para ampliar as habilitações.

Humberto Costa apresentou os requerimentos após Witzel alegar na quarta-feira, 16, que teve os pedidos de ampliação do número de leitos ignorados pelo governo Jair Bolsonaro durante a pandemia. “Eu, no início de 2019, pedi a administração dos hospitais, obviamente com os recursos. Acredito que são mais de 3 bilhões de reais. Para esses hospitais, dá e sobra para abrir os leitos. E, em 2019, nós já teríamos esses leitos abertos. Não fui atendido, e, durante a pandemia, também não fomos atendidos, com o objetivo exatamente de asfixiar a gestão da pandemia”, declarou.

As justificativas foram as mais estapafúrdias: que os leitos estão sucateados, que os leitos não estão em condições de serem operados. Sim, mas, entre construir um hospital de campanha, o que é uma grande dificuldade e um grande problema, e reformar rapidamente leitos, a medida que seria salutar seria reformar os leitos”, emendou.

A CPI ainda vai pedir a relação de todos os contratos firmados desde 2017 entre os hospitais e empresas “fornecedoras de serviços assistenciais, de apoio diagnóstico e terapêutico, reforma e manutenção predial e de equipamento, limpeza, lavanderia e alimentação, vigilância, insumos e de mão de obra”. O pedido baseia-se nos relatos de que houve corrupção durante a celebração dos contratos.

Outros caminhos para as apurações devem ser apresentados por Witzel em uma “reunião secreta” com a CPI. O requerimento para a realização dessa sessão sigilosa também tende a ser aprovado na próxima semana. No depoimento de quarta-feira, o governador cassado afirmou que os hospitais “têm um dono”. Depois, em privado, disse a congressistas que se referia a Flávio Bolsonaro, que, segundo ele, interfere nos contratos das unidades de saúde e nas nomeações de dirigentes.

Os senadores querem saber se Witzel tem indícios ou provas concretas das denúncias para, então, propor novas convocações e quebras de sigilo telefônico, telemático, bancário e fiscal.

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  1. Senadores, investiguem sim os hospitais federais aqui do Rio. Há várias reportagens dos jornais locais do Rio falando sobre isso. Hospitais que fecharam leitos e emergências sem explicação.

  2. Faltou o Witzel abrir o jogo sobre a aliança do Bozo com os chefes da milícia. Ele sabe de tudo. O resultado será um estrondo no Bozismo. Aguardem!

  3. Flávio Rachadinha vai voltar a tomar remédio pra dormir, após abafar de forma vergonhosa, com muito conchavo e grana o caso Queiroz ! O filho zero um escrúpulos tava muito nervoso no bate boca com o Witzel, tem caroço nesse angu , o clã dos Bolsodelinquentes são bandidos de longa data.....

    1. O ardo está se ardendo todo por causa do zurro do Joãozinho. Não entendo a razão? Os dois não são companheiros de genocídio?

    1. Que bom q ele está em ação. Alguma vez na vida tem de fazer algo para o bem do Brasil.

  4. Agora vai aparecer de onde vem o lucro dos imóveis , vários casamentos só para ter muitos cpf das mulheres e parentes, os filhos nascidos já corria no cartório pra fazer cpf dos milicianinhos, até os novos maridos tem imóveis e cpf emprestado, tudo quadrilheiro , vagabundagem, pior que trouxe toda corrupção de volta e junto no pacote a turma do lulaladrao !!! É mole!!!!

  5. Cada vez fica mais cristalino, que Bolsonaro não é apenas um genocida, é também um corrupto. O que Witzel aponta é algo lógico. Em vez de construir hospitais de campanha, é muito mais racional reformar um aparelho do Estado que já existe. FB parece que evoluiu nas suas maracutaias. De loja de chocolates para hospitais com 3 bilhões de orçamento.

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