Adriano Machado/Crusoé

Com pressão de senadores, Pacheco entra em campo para articular sabatina de André Mendonça

16.09.21 11:03

A pressão crescente de senadores para que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre, paute a sabatina da indicação de André Mendonça fez com que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, entrasse nas articulações. A mensagem com a indicação do nome do ex-ministro da Justiça para o Supremo Tribunal Federal foi publicada pelo presidente Jair Bolsonaro no Diário Oficial do dia 13 de julho. Alcolumbre, que é contra a escolha de Mendonça, tem segurado a votação para tentar derrubar o ministro “terrivelmente evangélico” de Bolsonaro. O presidente da CCJ quer indicar o procurador-geral da República, Augusto Aras, para a vaga.

Na reunião do colegiado de quarta-feira, vários senadores cobraram publicamente Alcolumbre sobre a lentidão em pautar o debate. Alessandro Vieira, do Cidadania, pediu que o presidente da CCJ explicasse à sociedade “quais são as razões republicanas para que se tenha o maior retardo da história na realização da sabatina do indicado”. Davi Alcolumbre não respondeu aos questionamentos. “Fica registrada a manifestação de vossa excelência”, resumiu.

No mesmo dia, lideranças evangélicas se reuniram no Planalto com Bolsonaro e André Mendonça para tentar destravar a votação. Os religiosos afirmaram ter o compromisso de Rodrigo Pacheco de que se empenharia para resolver o impasse. Nesta quinta-feira, o presidente do Senado se comprometeu a atuar. “Conversarei com o senador Davi Alcolumbre, obviamente respeitando a autoridade dele como presidente da CCJ, mas sempre faremos a ponderação sobre o melhor caminho, o caminho de consenso, para resolvermos essa questão”, disse.

“Desconheço as razões pelas quais ainda não foi feita a sabatina, podem ser muitas, inclusive o fato de que isso exige esforço concentrado, a presença dos senadores em Brasília. É algo complexo, há outras pendencias, indicações para o CNJ e o CNMP, mas vamos fazer o arranjo necessário para resolver essa indicação e outras tantas que estão pendentes”, afirmou Rodrigo Pacheco. “É um exercício democrático, após a sabatina, (a indicação) vai para o plenário, que decide”.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. Bolsonaro está conseguindo piorar ainda mais o nosso STF. Interessante é que os CACs (come-andam-cagam), ainda vão para às ruas contra a corte. Veja a lista do Bolsonaro: Kássio, Mendonça, Aras, Martins... Imagina se o energúrmeno for reeleito. SÓ VAMOS TER UM STF MAIS DECENTE, QUANDO TIVERMOS UM PRESIDENTE DECENTE. Esse Presidente é Moro 🇧🇷.

    1. Isto é democracia ? Um senador sentar encima de um processo ? Não fosse trágico seria ridículo.

    2. O presbítero é terrivelmente credor da promessa do presidente feita desde sempre para satisfazer a bancada evangélica . Tendo o candidato à vaga origem petista , estes são aliados à sua indicação ... não o contrário ...

  2. Senador gorducho safado. Tá zangadinho pq perdeu as indicações das emendas...vagabundo. pensa quê é o dono da ccj. Logo terá eleições pra ele e os eleitores estarão atentos.

Mais notícias
Assine agora
TOPO