Arquivo familiar

Com diploma de médico, pulverizando inseticida em Cuba

12.12.18 11:10

Juan Rodriguez Rivero tem 28 anos e formou-se em Medicina em Cuba. Ele fez o curso de português oferecido pela ditadura para ser enviado ao programa Mais Médicos no Brasil. A oportunidade nunca chegou. Há mais de dois anos, Rivero trabalha jogando inseticida contra mosquitos de casa em casa na cidade de Santiago de Cuba, ao sul da ilha (foto). É o fumacê.

Rivero é mais um exemplo de como a ditadura cubana pune os familiares dos profissionais que abandonaram o programa Mais Médicos. Sua mãe, Russela Margarita Rivero é um dos quatro doutores que deixaram o projeto, mudaram-se para os Estados Unidos e estão processando a Organização Panamericana de Saúde (Opas), ligada à ONU.

Apesar de ter capacidade para atender pacientes em um hospital e de Cuba sofrer com um déficit de profissionais de saúde, Rivero foi recrutado para erradicar mosquitos sem qualquer explicação. “A ditadura nunca diz as coisas na cara, mas sei que estão fazendo isso com ele por minha causa”, diz a mãe. “Não oferecem nada de bom para o meu filho.”

Russela tem um segundo filho, Jesús Roberto, de 24 anos. Ele está no último ano do curso de Medicina em Cuba. Ao ver o que aconteceu com seu irmão mais velho, Jesús agora pensa em desistir do curso.

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