Prensa Latina

Produção de açúcar em Cuba é uma das piores em 120 anos

11.06.19 16:55

A última safra de açúcar de Cuba ficou 13% abaixo da meta. Com 1,3 milhão de toneladas, foi uma das piores colheitas em 120 anos. “Ao final de maio, com quinze fábricas em operação, prosseguia a venda internacional de matéria-prima, enquanto o plano produtivo alcançava 87%”, noticiou a imprensa oficial, com o habitual jogo de palavras.

Entre os motivos apontados pelo resultado ruim estão a demora na entrega de peças de reposição para moinhos, colheitadeiras e caminhões, o estado precário das estradas, blecautes de energia, falta de água e de trabalhadores.

“Há mais ou menos dez anos, Cuba não consegue cumprir com as metas, cada vez mais conservadoras, de produção de açúcar. As desculpas são as mais variadas, como furacões ou chuvas intensas”, diz o historiador cubano Boris González Arenas.

A ilha, que já foi a maior fornecedora de açúcar para os Estados Unidos, registrou uma forte queda na produção logo após a Revolução Cubana de 1959. “Os tratores e as máquinas, que eram quase todos americanos, consumiam muita gasolina e produziam pouco. Após a revolução, eles não foram mais substituídos”, diz González.

No ano 2002, o então ditador Fidel Castro fechou 60% das fazendas dedicadas à produção de açúcar e demitiu 100 mil trabalhadores, o equivalente a 2,5% da população economicamente ativa da ilha. A justificativa era a de  que o preço do produto no mercado internacional não justificava a produção. “O preço subiu depois com a demanda asiática, mas o campo nunca mais se recuperou.”

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO