Adriano Machado/Crusoé

Ciro culpa Bolsonaro e defende irmão: ‘se enfrenta fascismo com flores?’

20.02.20 18:15

O ex-ministro e ex-candidato à presidência da República Ciro Gomes (foto) alegou, nesta quinta-feira, 20, que seu irmão, o senador licenciado Cid Gomes, agiu de forma correta ao pilotar uma retroescavadeira para tentar furar o bloqueio de policiais militares que reivindicavam aumentos salariais no quartel de Sobral (CE).

Ao agir contra os agentes, na quarta-feira, 19, Cid foi baleado e teve de ser internado. O parlamentar licenciado passou a noite na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital do Coração de Sobral. Nesta manhã, recebeu alta e seguiu para a enfermaria e, à tarde, foi transferido para uma unidade hospitalar privada em Fortaleza a pedido da família.  

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Ciro responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro pela situação do município cearense. “O episódio se deve a uma impotência dos poderes constituídos em fazerem a Constituição Federal ser respeitada no Brasil e a um canalha que transformou a República do Brasil em uma república de canalhas que se chama Jair Messias Bolsonaro”, disse.

O ex-candidato à presidência não considerou a atitude do irmão exagerada. “E aí fica uma certa imprensa e esquerda elegantes no Brasil dizendo que o camarada perdeu a calma, que avançou com retroescavadeira. A minha pergunta é se enfrenta fascismo com flores ou lacração de internet? Não foi a omissão dos políticos e a sua irresponsabilidade que permitiu o avanço da facção criminosa?”, questionou.

Para o ex-ministro, Cid tentou restabelecer a ordem em Sobral, após grupos de manifestantes encapuzados circularem pela cidade fazendo ameaças e com armas na mão. Segundo Ciro, ao chegar ao quartel policial, Cid tentou dialogar com os amotinados, mas levou, inclusive, um soco no rosto.

“Todas as entidades dos policiais militares assinaram o acordo e há gravações dos pseudolíderes comemorando a vitória. E aí uma minoria resolveu se insurgir com violência e escolheu Sobral, evidentemente, porque é a nossa cidade, a intenção é claramente política de provocação”, disse à Folha.

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