Agência Brasil

Cinco investigações são abertas para apurar suspeitas no governo Ibaneis

07.03.21 10:52

O Ministério Público de Contas do Distrito Federal abriu cinco frentes de investigação sobre o governo Ibaneis Rocha, do MDB, a partir de uma reportagem publicada por Crusoé. Três áreas da Procuradoria vão se debruçar sobre indícios de irregularidades envolvendo os negócios que o emedebista e amigos dele fizeram junto ao governo. As investigações foram abertas com base em representação do deputado distrital Leandro Grass, da Rede, que integra a oposição ao governo na Câmara Legislativa do DF. Um pedido de impeachment também foi protocolado na casa com base na reportagem.

Duas investigações foram abertas para apurar a suposta influência do advogado Caio Rocha, filho do ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Cesar Asfor Rocha, junto ao governo de Ibaneis. Na reportagem, Crusoé revelou um empréstimo de 6 milhões de reais feito pela banca de advocacia de Caio ao escritório pessoal de Ibaneis. O advogado tem representado os interesses de uma empresa de alimentação junto ao governo e conseguiu a liberação de 8 milhões de reais, no ano passado, quebrando a ordem de pagamentos dos fornecedores. O MP de Contas também vai investigar os pagamentos da empresa de saneamento do DF, a Caesb, a empresas representadas pelo advogado pessoal de Ibaneis, Cléber Lopes de Oliveira.

Outro procedimento foi aberto para investigar se o BRB, o banco estatal de Brasília, patrocinou leilões de gado promovidos pelo governador. Crusoé mostrou que, durante um desses eventos, o banco foi apresentado como patrocinador — o BRB nega ter contribuído financeiramente com o evento. Em mais uma frente, os procuradores vão apurar por que o filho do segundo maior doador de campanha de Ibaneis foi nomeado para presidir a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal, órgão que gere um orçamento de 117 milhões de reais somente neste ano.

Nesta sexta-feira, 5, um grupo de advogados protocolou na Câmara Legislativa um pedido de impeachment do governador em razão do que chamaram de “crimes de responsabilidade” apontados na reportagem. O pedido será avaliado pelo presidente da casa, Rafael Prudente, do MDB, que mora em um tríplex de 850 metros quadrados de propriedade do governador. A Crusoé, ele disse pagar aluguel a “preço de mercado”. Os autores do pedido de impeachment são ligados à Rede.

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