Centrão decide adiar a votação da reforma da Previdência na comissão

Líderes de partidos do Centrão combinaram, nos bastidores, de adiar para a próxima semana a votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara. Segundo eles, “não há clima” para votar a proposta no colegiado nesta semana, como previsto inicialmente, e será preciso fazer ajustes no texto.

O acerto já foi informado pelos líderes do grupo ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e ao secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, durante um almoço nesta terça-feira, 25, na casa de um dos caciques do Centrão em Brasilia. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, estava no encontro.

Um dos motivos para a “falta de clima” é Carlos Bolsonaro. Deputados estão irritados com as críticas disparadas pelo filho do presidente Jair Bolsonaro ao Congresso no fim de semana, com citações aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e da comissão especial, Marcelo Ramos (foto), do PL.

Mais cedo, Ramos rebateu Carlos no Twitter. O deputado do PL afirmou que não haveria o que discutir com o vereador porque ele é “inimputável”. Foi uma resposta à crítica do filho do presidente de que os “vagabundos se uniram contra o governo para tentar torná-lo inviável”.

O combinado agora é que o relator da reforma na comissão, Samuel Moreira, do PSDB, leia seu novo parecer, com alterações no texto, até esta quinta-feira, 27. Em seguida, Ramos pautará requerimentos de adiamento da votação, que poderão ser aprovados com apoio do Centrão.