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Caso Adriano: secretaria contesta suspeita baseada em fotos de cadáver

14.02.20 09:48

A Secretaria de Segurança da Bahia divulgou nota em que contesta análises sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega (foto) feitas a partir de fotografias do cadáver. Nesta quinta-feira, a revista Veja publicou imagens do corpo do ex-capitão. Segundo peritos ouvidos pela reportagem, os ferimentos sugerem que Adriano foi executado, e não morto em troca de tiros.

Em nota, a secretaria afirmou que “as acusações, levando em considerações supostas fotos do miliciano, são infundadas”. Segundo a pasta, os registros não fazem parte do laudo oficial da perícia e, por isso, seria impossível indicar se houve manipulação das imagens.

Peritos entrevistados pela Veja disseram que, no peito de Adriano da Nóbrega, havia uma queimadura que poderia ter sido provocada pelo cano de uma arma longa e de grosso calibre. “Sobre a lesão arredondada na face anterior do corpo de Adriano, trata-se de equimose, não de uma queimadura. É uma lesão contundente, obviamente feita com algo arredondado, que pode ter sido ativamente ou passivamente comprimido contra o corpo”, afirma a secretaria.

O órgão do governo da Bahia alegou ainda que “as lesões de disparo de arma de fogo não foram feitas com proximidade”. Familiares de Adriano da Nóbrega acreditam que ele foi alvo de queima de arquivo e refutam a tese de que o miliciano trocou tiros com a polícia. Segundo parentes do ex-policial militar, ele não estaria armado. Chefe da milícia Escritório do Crime, ele estava foragido desde janeiro do ano passado e foi morto em uma operação policial no último domingo no município baiano de Esplanada.

Eis a íntegra da nota:

“A Secretaria da Segurança da Bahia, através do Departamento de Polícia Técnica (DPT), esclarece que as acusações apresentadas por uma revista, para morte de Adriano Magalhães da Nóbrega, levando em considerações supostas fotos do miliciano, são infundadas.

Informa que as fotografias mostradas não são as imagens oficiais da perícia. Dessa forma, os peritos não podem afirmar se foram de alguma forma manipuladas ou não e, portanto, não podem se manifestar sobre as mesmas.

Sobre a lesão arredondada na face anterior do corpo de Adriano, trata-se de equimose, não uma queimadura. É uma lesão contundente, obviamente feita com algo arredondado, que pode ter sido ativamente ou passivamente comprimido contra o corpo.

As lesões de disparo de arma de fogo não foram feitas com proximidade. Essa afirmação só pode ser feita quando há, pelo menos, a zona de tatuagem de pólvora incombusta intradérmica, o que não ocorreu. É impossível afirmar distância dos disparos, sem a reprodução destes, promovida com a mesma arma e munição similar, contra um anteparo (alvo).

Por fim, acrescenta que o corte na cabeça foi por ação corto-contundente, também comum em casos de troca de tiros, onde quedas são frequentes.”

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  1. essa secretaria vai contestar tudo até que o cara morreu ela só não pode contestar que na Bahia tem um governo do PT agindo como miliciano é isso que a gente está entendendo e eles querem contestar tudo não querem deixar perito queriam queimar o corpo depois dizem que baiano burro nasce morto

  2. O miliciano está morto, mas seu corpo ainda “fala”. Por isso, a pressa em transformá-lo em cinzas. Em frente servidores públicos. A sociedade brasileira conta com o trabalho honesto e competente de vocês para elucidar este caso. Basta de impunidade!

    1. Deve ser porque, ao contrário do intensamente divulgado pela grande mídia, o arquivo trabalhava para o PT e puxadinhos, não para o "governo adversário"... Não tem lógica?

    2. Como bom "profissional" ele poderia (deveria) possuir contratos de ambos ou de vários clientes. Cor partidária não conta e sim a cor das cédulas.

    3. Dinheiro e Poder minha amiga. O dinheiro e o poder corrompem em larga escala, a vista vemos adversários brigando, por trás é tudo mais do mesmo... Outra, esse Adriano era um arquivo vivo não só para a elucidação do caso Mariele, ele também sabia muita coisa de muitos políticos, policiais da ativa, delegados e etc. Essa morte, se foi queima de arquivo, talvez nem esteja relacionada ao caso Mariele, mas dificilmente vamos ficar sabendo a verdade agora.

  3. Segundo pesquisa Datafolha, perícia médico-legal feita por meio de fotografias é mais confiável que perícia feita direto no cadáver. Só a Veja mesmo pra sair com essa asneira.

  4. Crusoé, vcs realmente estão decepcionando: laudo de especialistas baseados em fotografias??? Divulgar matéria da Veja e ainda dar destaque? Me poupem: vão ser tendenciosos assim lá no interior da Bahia... Eu ainda acreditava em vocês, mas está difícil de manter isso... Seus títulos de matérias sendo totalmente tendenciosos. Vide o ex: foto do Gal de motocicleta e o Título: "Que todos sejam demitidos" parece que foi ele que disse, mas ñ foi: foi o Rodrigo Maia!!! Decepção...

  5. Como nada foi gravado, interpretações múltiplas são possíveis. O fato é que o cara foi apagado e com isso uma das principais fontes de provas contra a famiglia presidencial.

    1. Minha jumentinha favorita zurrou de novo. Desde quando governador controla a polícia militar? Kkkkkkkkk. Você não conhece as redes corporativas que existem entre as polícias militares. Quanta ingenuidade minha jumentinha. Você está perdoada!

    2. Oh Jumentinho Jose! A polícia de qual estado "queimou o arquivo"? De qual partido é o governador do tal estado? E antes que diga não ter nada a ver o governador com a polícia, tem sim. Foi o mesmo governador que não permitiu a polícia do seu estado fazer a segurança do presidente Bolsonaro lá em Vitória da conquista! Ou seja , esse "crédito " (queima de arquivo) é do pt.

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