Caso Adélio: defesa de Bolsonaro pede para PF aguardar perícia antes de concluir investigação

08.05.20 15:23

A defesa do presidente Jair Bolsonaro pediu que a investigação sobre possíveis mandantes do atentado à faca sofrido por ele durante a campanha eleitoral não seja concluída até que o Supremo Tribunal Federal decida se libera o acesso aos celulares dos advogados de Adélio Bispo.

O relatório sobre o caso já está pronto, como revelou Crusoé na edição desta semana, e será entregue pelo delegado Rodrigo de Morais na próxima semana. Mas ele não será apresentado como relatório final justamente porque ainda falta a análise do celular do advogado que se apresentou para defender Adélio.

Os celulares dos advogados foram apreendidos durante busca e apreensão realizada pela PF em dezembro de 2018. O objetivo da ação era descobrir quem pagou o trabalho dos advogados, uma vez que Bispo não tinha condições financeiras para arcar com os gastos.

Após a apreensão, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o TRF-1, atendeu pedido da Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB, e barrou o acesso da PF aos dados. A alegação era de que o acesso ao conteúdo do celular quebra o sigilo profissional do advogado e é uma forma de invasão de privacidade.

Após o TRF-1 impedir o acesso, o Ministério Público Federal solicitou e o caso foi encaminhado ao STF por, em tese, se enquadrar na Lei de Segurança Nacional. Agora, caberá aos ministros da corte decidirem se a PF poderá acessar os dados em encerrar a última diligência sobre o caso Adélio Bispo.

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