Isac Nóbrega/PR

Cármen Lúcia dá 48 horas para Ministério da Justiça explicar ‘dossiê antifascista’

04.08.20 14:48

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu nesta terça-feira, 4, um prazo de 48 horas para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por André Mendonça (foto), entregar informações a respeito da existência de um dossiê sobre 579 policiais e professores universitários identificados como integrantes do “movimento antifascismo”.

A decisão ocorreu no âmbito de uma ação movida pela Rede Sustentabilidade. O partido pediu que a Suprema Corte determine “a imediata suspensão” da produção dos materiais contra os opositores do presidente Jair Bolsonaro, por seu “evidente desvio de finalidade”, e a investigação do caso pela Polícia Federal.

A documentação, revelada pelo portal UOL, foi reunida pela Secretaria de Operações Integradas, a Seopi. Na segunda-feira, 3, Mendonça anunciou a demissão do diretor de Inteligência do órgão vinculado ao ministério, o coronel Gilson Libório de Oliveira Mendes. O ministro ainda ordenou a instauração de uma sindicância interna para apurar o trabalho da secretaria.

A divulgação da existência do relatório também provocou a reação do Congresso Nacional: Mendonça recebeu três pedidos de convocação para prestar depoimento e três requerimentos de informação feitos por deputados e senadores.

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