Magalhães Jr/Photo Press/Folhapress

Carlos agora ataca o Gabinete de Segurança Institucional

01.07.19 15:42

Depois do vice-presidente Hamilton Mourão e do ex-ministro da Secretaria de Governo Carlos Alberto Santos Cruz, o novo alvo militar de Carlos Bolsonaro é o Gabinete de Segurança Institucional. A pasta é comandada pelo general Augusto Heleno, que chegou a discursar no ato em apoio ao governo neste domingo, 31, em Brasília.

No Instagram, Carlos fez um comentário lançando suspeitas contra o GSI, a partir de um vídeo postado por uma candidata derrotada a deputada federal pelo PSL no Ceará, Regina Villela. No vídeo, a candidata derrotada levanta a suspeita de que a apreensão de cocaína com um militar que fazia parte da equipe de apoio à viagem do presidente Jair Bolsonaro ao Japão fizesse parte de um complô. O objetivo seria desmoralizar Bolsonaro.

Para Villela, o presidente está “cercado de agentes do Foro de São Paulo”, em referência à entidade que reúne movimentos de esquerda da América Latina que é um dos alvos favoritos dos discípulos do escritor Olavo de Carvalho. O GSI é responsável pela segurança do presidente e de seus familiares.

O vereador do Rio de Janeiro e filho do presidente reforça a teoria da conspiração em seu comentário. “Por que acha que não ando com seguranças? Principalmente aqueles oferecidos pelo GSI?”, escreve. “Sua grande maioria podem (sic) ser até homens bem intencionados e acredito que sejam, mas estão subordinados a algo que não acredito”, criticou.

No texto, Carlos volta a se colocar no papel de voz isolada em defesa do governo, como é frequente. “Tenho gritado em vão há meses internamente e infelizmente sou ignorado. Não digo que sou dono da razão e evitei até aqui ao máximo me expor desse jeito, mas não está dando mais. Estou sozinho nessa, podendo a partir de agora ser alvo mais fácil ainda tanto pelos de fora tanto por outros. Há muito mais nisso tudo! Mas se viemos aqui para deixar uma mensagem! Creio que essa faz uma parte dela, mesmo que isso custe minha vida! Um abraço”.

Segundo o Ministério da Defesa, o Gabinete de Segurança Institucional não foi responsável pelo avião em que viajou o segundo-sargento Manuel Silva Rodrigues, preso com a mala de cocaína na Espanha. Procurado, o GSI ainda não se pronunciou.

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