Alan Santos/PR

Caminhoneiros se queixam das promessas não cumpridas pelo governo

13.06.21 14:16

Associações de caminhoneiros autônomos estão insatisfeitas com as “promessas não cumpridas” pelo governo de Jair Bolsonaro. A categoria, que formou uma fiel base de apoio ao presidente, alega que o governo prometeu, mas não entregou, uma série de benefícios.

Entre as reivindicações estão crédito facilitado, construção de pontos de parada e descanso, além de várias medidas que facilitariam a renovação de frota e a melhoria das condições de trabalho. Possíveis paralisações da categoria, como ocorreu no governo de Michel Temer, em 2018, são um dos maiores receios do Planalto.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, virou alvo. É que a pasta comandada por Guedes teria prometido a liberação de 500 milhões de reais para renovação de frota, mas os caminhoneiros, no entanto, não conseguem obter crédito.

Em ofício encaminhado ao ministro, a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores, a Abrava, principal organização representativa dos caminhoneiros autônomos, cobra de Guedes alguma iniciativa para que o dinheiro liberado chegue efetivamente aos transportadores autônomos.

“Durante a duração da linha de crédito (até 6 de junho deste ano), nenhum transportador autônomo conseguiu ter acesso a ela. Ou seja, os caminhoneiros ganharam, mas, mais uma vez, não levaram”, diz trecho do documento.

O presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão, se queixa de o governo estar prometendo demais, mas sem entregar. “O que eu estou cobrando nesse momento é que o governo pare de fazer marketing em cima da categoria”, afirma.

O choro de Chorão tem um motivo. Em cerimônia no Palácio do Planalto, no dia 18 de maio, o presidente Jair Bolsonaro assinou um novo de decreto com mais promessas. O presidente instituiu, por exemplo, o Programa de Incentivo ao Transporte Rodoviário de Cargas, denominado Gigantes do Asfalto. Durante a solenidade, foram apresentadas medidas que, segundo a categoria, estão sendo prometidas desde o início do governo.

Além da construção de 100 pontos de parada e descanso e outras ações, como sinais wi-fi e segurança nas estradas por meio de investimentos privados, o governo, mais uma vez, prometeu crédito facilitado aos caminhoneiros. “Se nem os 500 milhões existiram, será que agora a renovação de frota e essas outras medidas vão existir? A gente fica com receio”, completa Chorão. 

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