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Brasil só perde para Chile em combate à corrupção na América Latina

26.06.19 19:48

A consultoria de riscos Control Risks elaborou, pela primeira vez, um ranking comparando a capacidade de países da América Latina em combater a corrupção.

Diferentemente do tradicional ranking de corrupção feito pela Transparência Internacional, que analisa a percepção da população sobre a corrupção ao redor, o trabalho da Control Risks analisa a independência do Judiciário, a dinâmica da sociedade civil, a força do jornalismo investigativo e o nível de recursos disponível para combater os crimes de colarinho branco.

Em resumo, a ideia é calcular a capacidade de um país em “descobrir, punir e evitar desvios”.

O país melhor colocado para combater a corrupção é o Chile, seguido por Brasil, Colômbia, Argentina, Peru, México, Guatemala. A Venezuela ficou em último lugar.

Segundo a Control Risks, o trabalho da Lava Jato (foto) contou para a boa avaliação. “O Brasil recebeu a maior pontuação na subcategoria Capacidade Legal, impulsionado por fatores como a independência do Judiciário e das agências anticorrupção, o nível de especialização em combater os crimes do colarinho branco, a cooperação internacional e a utilização de instrumentos de admissão de culpa e de delação. A operação Lava Jato é uma consequência desse progresso estrutural. A investigação revelou-se notavelmente resiliente, apesar da pressão por focar em políticos e empresários outrora intocáveis. Embora a investigação tenha-se confrontado com críticas crescentes e alegações de viés político, o Congresso e outros grupos fracassaram repetidamente em interferir ou minar a Lava Jato”, diz o texto.

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