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Bolsonaro promete a investidores privatizações e respeito ao teto de gastos

26.01.21 10:41

O presidente Jair Bolsonaro garantiu a investidores nesta terça-feira, 26, que o governo vai “acelerar o calendário de privatizações”, além de “avançar com as reformas fiscal, tributária e administrativa”. O chefe do Planalto manteve também o discurso de respeito ao teto de gastos e o compromisso de não transformar o auxílio emergencial em um programa permanente.

As declarações foram feitas durante uma teleconferência sobre investimentos na América Latina, organizada pelo banco Credit Suisse. Bolsonaro estava acompanhado dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e leu o discurso em um teleprompter, sem improvisos.

Pretendemos acelerar os leilões de concessões e privatizações, especialmente no PPI, que tem uma carteira de projetos estratégicos de longo prazo, baixo risco e com taxas de retorno atraentes e estáveis”, disse Bolsonaro aos investidores.

Na véspera, o presidente da Eletrobras, Wilson Júnior, anunciou que deixará o cargo justamente por conta da dificuldade de privatizar a empresa. As declarações tiveram impacto no mercado e reduziram a expectativa de que o governo se empenhará para tocar a venda de estatais.

Depois do revés da segunda-feira, Bolsonaro tentou mostrar aos investidores o empenho do governo com a retomada da economia. “No âmbito fiscal, manteremos firme o compromisso com a regra do teto de despesas como âncora de sustentabilidade e credibilidade econômica. Não vamos deixar que medidas temporárias relacionadas com a crise se tornem compromissos permanentes de despesas”, disse Bolsonaro, sem citar o auxílio emergencial. O ministro Paulo Guedes frisou, entretanto, que o benefício pode ser retomado temporariamente, caso a alta de infecções continue.

O presidente da República afirmou aos investidores que o governo conduz um “combate implacável à corrupção” e que mantém o acesso à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, “como meta prioritária da diplomacia”. “Queremos regulamentos mais simples e menos onerosos para destravar o enorme potencial do Brasil”, garantiu o presidente.

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