Adriano Machado/Crusoé

Bolsonaro minimiza ‘debandada’ e justifica demora nas privatizações

12.08.20 09:54

O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais nesta quarta-feira, 12, para justificar a lentidão do processo de privatizações do governo, que levou à saída de Salim Mattar da secretaria que tocava as desestatizações. O secretário de Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, também deixou o governo, por conta da demora da tramitação da reforma administrativa.

Bolsonaro minimizou o impacto dos pedidos de demissão. “Em todo o governo, pelo elevado nível de competência de seus quadros, é normal a saída de alguns para algo que melhor atenda suas justas ambições pessoais. Todos os que nos deixam, voluntariamente, vão para uma outra atividade muito melhor”, justificou.

O presidente explicou as dificuldades para tocar as privatizações. “Os desafios burocráticos do estado brasileiro são enormes e o tempo corre ao lado dos sindicatos e do corporativismo e partidos de esquerda”, alegou.

“Privatizar está longe de ser, simplesmente, pegar uma estatal e colocá-la numa prateleira para aquele que der mais ‘levá-la para casa.’ Para agravar, o STF decidiu, em 2019, que as privatizações das empresas ‘mães’ devem passar pelo crivo do Congresso”, acrescentou.

Jair Bolsonaro reconheceu que tem sido pressionado para aumentar  despesas. “É normal os ministros buscarem recursos para obras essenciais. Contudo, nosso norte continua sendo a responsabilidade fiscal e o teto de gastos”, garantiu.

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