Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Folhapress

Bolsonaro deve trocar diretor da PF até o Carnaval, diz fonte ligada ao presidente

23.01.20 15:03

O presidente Jair Bolsonaro já tomou a decisão de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, dizem aliados do presidente. A mudança, segundo eles, deve ocorrer em breve. “Está bem adiantado. Acho que até o Carnaval isso acontece”, afirmou a Crusoé uma fonte com acesso direto a Bolsonaro.

A substituição de Maurício Valeixo (foto), atual diretor-geral da PF, é aventada desde setembro de 2019. Na época, porém, Bolsonaro acabou fazendo um acordo com o ministro da Justiça, Sergio Moro, a quem a corporação é vinculada, para que a troca fosse adiada.

De acordo com aliados do presidente, dois delegados são os mais cotados para assumir o cargo: Anderson Torres, atual secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, e Alexandre Ramagem, atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin.

Entre os defensores do nome de Torres estão o atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Antônio de Oliveira, e o ex-deputado federal Alberto Fraga, amigo pessoal de Bolsonaro e cogitado para assumir o Ministério da Segurança Pública, caso a pasta seja recriada.

Já Ramagem é defendido pelo vereador Carlos Bolsonaro. O filho 02 do presidente da República conheceu o delegado ainda durante a campanha, quando Ramagem atuou na segurança pessoal do pai. A própria indicação do delegado para a Abin é atribuída a Carlos.

Defensores de Torres dizem que ele teria mais apoio interno da categoria, por ser mais antigo na PF do que Ramagem. Segundo cálculos de aliados de Bolsonaro, a corporação conta hoje com cerca de 1,2 mil delegados. Desses, 800 seriam mais antigos do que o atual chefe da Abin.

Valeixo, por sua vez, deve ser enviado para ser adido miliar em alguma embaixada, provavelmente a de Portugal. A missão do atual adido, Sandro Luciano Caron, se encerraria em março, mas deve ser prorrogada, como parte do acordo, para que Valeixo tenha tempo de organizar sua transferência.

Segundo aliados de Bolsonaro, a ideia do presidente é vincular a PF ao futuro Ministério da Segurança, caso ele seja recriado. A articulação já vinha sendo discutida nos bastidores nos últimos meses e acabou escancarada pelo presidente em reunião com secretários de Segurança ontem no Planalto.

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