Presidência da República

Bolsonaro defende Moro após novos vazamentos

15.06.19 18:39

O presidente Jair Bolsonaro (foto) defendeu o ministro da Justiça, Sergio Moro, depois de uma nova divulgação de mensagens atribuídas a ele que teriam sido trocadas com integrantes da Lava Jato. As mensagens foram divulgadas pelo site The Intercept Brasil na noite de sexta-feira, 14.

Ao ser perguntado na saída do Palácio Alvorada neste sábado, 15, se a confiança no ministro está abalada pela publicação de um diálogo em que Moro, quando juiz, teria sugerido a procuradores da Lava Jato emitir uma nota à imprensa para responder a críticas da defesa do ex-presidente Lula, o presidente disse “quanto à minha pessoa, zero”.

“Tem um crime de invadir o celular do caboclo lá”, disse o presidente, referindo-se ao coordenador da Lava Jato no Paraná, o procurador da República Deltan Dalagnol. “E outra, tem programa que eu tive acesso de você forjar conversa e ponto final”, acrescentou.

“O que interessa? O Moro foi responsável, não por botar um ponto final, mas por buscar uma inflexão na questão da corrupção”, disse o presidente. “E o mais importante: livrou o Brasil de mergulhar em uma situação  semelhante a da Venezuela, onde estaria em jogo não o nosso patrimônio, mas a nossa liberdade”, afirmou.

Apesar de ter defendido, o presidente fez a ressalva de que confiança total, só nos pais. “Eu não sei das particularidades da vida de Moro”, declarou. “Eu não frequento a casa dele, ele não  frequenta a minha casa por questão até de local onde moram nossas famílias. Mas, mesmo assim, meu pai dizia para mim: confie 100% só em mim e em minha mãe”, afirmou o presidente.

Bolsonaro lembrou que ninguém está livre de ser demitido. “Todo mundo pode ser”, avisou o presidente, citando a exoneração do general Santos Cruz da Secretaria de Governo nesta semana. “Muita gente se surpreendeu com a saída do general Santos Cruz”, reconheceu. “Isso pode acontecer. Muitas vezes, a separação de um casal surpreende: ‘mas viviam tão bem!’. Mas a gente nunca sabe qual a razão daquilo. E é bom não saber. Que cada um seja feliz da sua maneira”, disse o presidente.

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