Adriano Machado/Crusoé

Bolsonaro critica STF e diz que fake news desestimularam tratamento da Covid-19

29.07.21 15:58

O presidente Jair Bolsonaro reiterou críticas ao Supremo Tribunal Federal pela decisão que reconheceu a competência de estados e municípios, além da União, para adotar medidas na área de saúde pública para o combate à pandemia do novo coronavírus.

Bolsonaro manifestou-se nas redes sociais, nesta quinta-feira, 28, depois de a corte retrucá-lo, esclarecer que não o deixou de mãos atadas e declarar que uma mentira dita mil vezes não vira verdade. O STF sublinhou que a gestão federal tem, sim, a possibilidade de coordenar a pandemia junto a governadores e prefeitos.

O chefe do Planalto reclamou de o Supremo não ter dado seguimento a ações movidas pela Advocacia-Geral da União contra decretos estaduais que impuseram medidas de restrição, como toque de recolher e lockdown.

O governo federal, por duas vezes, foi ao STF para que decretos de governadores, que violavam incisos do art. 5° da Constituição Federal, que trata das liberdades individuais, fossem declarados inconstitucionais. Lamentavelmente estas ações sequer foram analisadas“, escreveu.

Bolsonaro anotou ainda que, “em nenhum momento” o governo “deixou de respeitar o sagrado direito à liberdade de expressão de todos“. “Cometem atos antidemocráticos exatamente os que querem, pelo uso da força, calar quem se manifesta“, prosseguiu.

O presidente deu destaque a ações do governo federal, a exemplo da criação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, o Pronampe, e do auxílio emergencial, que, segundo disse, distribuiu 320 bilhões de reais a famílias em situação de vulnerabilidade.

Na mesma publicação, Bolsonaro queixou-se dos críticos à adoção do chamado tratamento precoce, que prevê o uso de medicamentos ineficazes contra o coronavírus, como a cloroquina e a azitromicina.

Fake news desestimularam o tratamento inicial da doença, desrespeitando, inclusive, parecer do Conselho Federal de Medicina que atribui ao médico a decisão de receitar, com aquiescência do paciente ou familiar, o tratamento off-label (fora da bula)“.

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