Adriano Machado/CrusoéFoto: Adriano Machado/Crusoé

Bolsonaro critica Anvisa por pedido de restrições em fronteiras: ‘De novo?’

07.12.21 13:24

Um dia após o cancelamento de uma reunião entre a Agência de Vigilância Sanitária e integrantes do segundo escalão do governo, Jair Bolsonaro (foto) criticou a autarquia pela recomendação de imposição de novas restrições nas fronteiras para evitar a disseminação da Ômicron e minimizou a gravidade da nova cepa do coronavírus.

No mês passado, a agência recomendou que a gestão federal barrasse voos vindos da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. Esta orientação, em específico, foi seguida.

No entanto, o governo ainda resiste ao fechamento das fronteiras para outros quatro países africanos: Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia. Jair Bolsonaro também não pretende seguir a orientação da Anvisa e do Tribunal de Contas da União quanto à exigência do comprovante de vacinação para a entrada de estrangeiros no Brasil.

Estamos trabalhando agora com a Anvisa, que quer fechar o espaço aéreo. De novo, porra? De novo vai começar esse negócio? ‘Ah, a Ômicron’. Vai ter um montão de vírus pela frente, um montão de variantes pela frente, talvez. Peço a Deus que eu esteja errado. Mas temos que enfrentar“, disparou Bolsonaro durante discurso em um evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria.

O presidente da República ainda disse ser “o único chefe de Estado do mundo” a ter uma posição “diferente” no enfrentamento da pandemia. “Dizem que toda unanimidade não é bem-vinda. E o que eu fiz? Estudei. Corri atrás“, afirmou. “Ninguém vai ganhar a guerra dentro da trincheira. Ninguém vai superar os problemas do Brasil dentro de casa. Chega do ‘fica em casa e a economia a gente vê depois’. Temos que enfrentar esse problema“, emendou.

Na segunda-feira, 6, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o governo federal explique, em 48 horas, a demora na adoção de medidas sanitárias para impedir a disseminação da Ômicron. Deverão se manifestar os ministérios da Saúde, da Infraestrutura e da Justiça e Segurança Pública.

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