Bia Kicis leva reprimenda pela falta de máscaras na CCJ

Presidente da Comissão de Constituição de Justiça da Câmara, Bia Kicis levou uma reprimenda da deputada gaúcha Fernanda Melchionna, do PSOL, sobre a falta do uso de máscaras durante a reunião do colegiado na manhã desta segunda-feira, 17. A CCJ se reúne para a leitura do parecer do deputado Darci de Matos, do PSD de Santa Catarina, sobre PEC da reforma administrativa.

Melchionna questionou Kicis sobre sua conduta na presidência da comissão, sem o uso do equipamento de proteção. “Uma coisa é a senhora tirar a máscara para falar. Isso pode ser praxe, pode ser discutível, alguns colegas fazem. Cada um sabe de si, com distanciamento. Mas a senhora está há mais de uma hora presidindo a mesa, está sem a utilização de máscara”, reclamou a parlamentar.

Kicis rebateu dizendo que tira a máscara apenas para “falar e para tomar água e chá”. “Eu sou uma pessoa extremamente responsável, tenho pais idosos, está tudo certo na minha família. Tomo todos os cuidados, mas eu realmente não consigo. Quando estou aqui presidindo, tiro a máscara para falar e coloco quando for escutar. Estou tomando a distância de todos e quem está ao meu lado está de máscara”, disse. A parlamentar passou a usar o equipamento depois de levar a bronca.

A oposição criticou também o bolsonarista Carlos Jordy, do PSL do Rio de Janeiro, pela falta de uso de máscara no plenário da CCJ. “O deputado Jordy está aqui do meu lado tirando a máscara o tempo todo”, queixou-se o deputado Gervásio Maia, do PSB da Paraíba. “Eu tiro máscara para tomar café”, rebateu o governista, que depois colocou a máscara, mas sem cobrir o nariz.

Outro que entrou na celeuma foi Giovanni Cherini, do PL do Rio Grande do Sul. Falando pelo sistema remoto da Câmara, o parlamentar – já conhecido no parlamento por suas teorias negacionistas – condenou o uso de máscaras. Segundo o deputado, o equipamento causa “doenças mentais” e foi responsável pela piora do câncer de Bruno Covas “porque as células precisam respirar”.