Jonas Pereira/Agencia Senado

BC mantém taxa básica de juros em 2% ao ano

28.10.20 18:22

O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 28, manter a taxa básica de juros em 2% ao ano, menor patamar da história. O percentual foi fixado em agosto e preservado desde então.

A decisão ocorre em meio à alta da inflação. Por isso, o colegiado informou que elevou a projeção para os meses restantes de 2020. Para o Copom, entretanto, trata-se de um “choque temporário”.

“Contribuem para essa revisão [da projeção] a continuidade da alta nos preços dos alimentos e de bens industriais, consequência da depreciação persistente do real, da elevação de preço das commodities e dos programas de transferência de renda”, pontuou.

A Selic é um instrumento de controle usado pelo BC. Funciona da seguinte forma: se a inflação está alta ou há indicação de que ficará acima da meta, o Copom eleva a Selic. Assim, sobem os juros cobrados pelos bancos, com o encarecimento do crédito e o freio no consumo. Há redução do dinheiro em circulação e, logo, a inflação tende a cair. Contudo, quando as estimativas para a inflação estão alinhadas à meta, é possível reduzir os juros, estimulando a produção e o consumo.

Apesar de a inflação estar crescendo nos últimos meses, a previsão mais recente de economistas sinaliza que ela somará 3% neste ano e 3,10% em 2021. Com isso, a estimativa é de que ficará abaixo da meta central de 4% de 2020 e, assim, estará alinhada aos objetivos fixados para o ano que vem.

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  1. Basta ir nos supermercados e feiras para ver e sentir esse alinhamento da taxa da inflação com a meta. É um país realmente, de ilusionistas e burocratas de plantão.

  2. Pura ilusão. País em depressão também tem inflação baixa e juros baixos. Portanto, não confundam as bolas. O Brasil está no pior momento econômico da sua história, com uma moeda desvalorizada e investidores em fuga. Tudo causado pelo governo inepto.

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