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BC encerra ciclo de cortes e mantém taxa básica de juros em 2% ao ano

16.09.20 18:26

O Banco Central encerrou o ciclo de cortes na taxa básica de juros iniciado em julho de 2019. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária, Copom, decidiu nesta quarta-feira, 16, manter a Selic em 2% ao ano, menor patamar da história.

Em comunicado, o colegiado avaliou que “a inflação deve se elevar no curto prazo”. “Contribuem para esse movimento a alta temporária nos preços dos alimentos e a normalização parcial do preço de alguns serviços em um contexto de recuperação dos índices de mobilidade e do nível de atividade”, pontuou.

A reunião ocorreu em meio ao aumento do valor dos alimentos, que somou 8,83% em 12 meses até agosto. A alto nos produtos da cesta básica, como o arroz e o óleo de soja, movimentaram as ações do governo.

Apesar da interrupção dos cortes, o Comitê recorreu ao “foward guidance” — ou prescrição futura. Com o método, sinalizou que os juros continuarão baixos. “Nesse sentido, e apesar de uma assimetria em seu balanço de riscos, o Copom não pretende reduzir o grau de estímulo monetário, a menos que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estejam suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária”.

A Selic é um instrumento de controle usado pelo BC. Funciona da seguinte forma: se a inflação está alta ou há indicação de que ficará acima da meta, o Copom eleva a Selic. Assim, sobem os juros cobrados pelos bancos, com o encarecimento do crédito e o freio no consumo. Há redução do dinheiro em circulação e, logo, a inflação tende a cair. Contudo, quando as estimativas para a inflação estão alinhadas à meta, é possível reduzir os juros, estimulando a produção e o consumo.

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    1. Juros a 2% ao ano, pode ser, mas os alimentos subindo, um reajuste atraz do outro. Não posso acreditar nos fixos.

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