Agência Brasil

Banco Central mantém multa a advogado de delatores por dinheiro no exterior

26.01.20 12:03

O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, o CRSFN, negou um recurso do advogado Luis Gustavo Flores e manteve uma multa contra ele no valor de 25 mil reais. Flores é sócio de Antônio Figueiredo Basto. Juntos, eles atuaram na negociação de vários acordos de colaboração premiada na Lava Jato. Um dos acordos fechado por eles foi o do doleiro Alberto Yousseff (foto).

Flores, seu sócio Figueiredo Basto e os doleiros Dario Messer e Marco Antônio Cursini foram denunciados por evasão de divisas na última semana. Os dois advogados foram acusados de enviar dinheiro para o exterior de forma ilegal por meio dos doleiros.

“Com base no voto do Relator, conhecer do recurso de Luis Gustavo Flores e negar-lhe provimento, mantendo a penalidade de multa, no valor de R$25.000,00, pelo fornecimento intempestivo de informações ao Banco Central do Brasil sobre bens e valores possuídos fora do território nacional, na data-base de 31.12.2013”, diz a decisão do BC.

Além da denúncias por evasão, Flores e seu sócio são investigados pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. Em delação premiada, o doleiro Vinicius Claret, que trabalhava com o “doleiro dos doleiros” Dario Messer, afirmou que repassava mensalmente, entre 2006 e 2013, 50 mil dólares à dupla de advogados em troca de proteção no MPF e na Polícia Federal.

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