Reprodução/Facebook

Assessora acusada de gerenciar ‘rachid’ trabalhou para Eduardo Bolsonaro

21.10.19 20:37

A chefe de gabinete apontada como caixa do suposto esquema de ‘rachid’ implantado pelo deputado estadual Gil Diniz na Assembleia Legislativa de São Paulo era assessora parlamentar do deputado federal Eduardo Bolsonaro até migrar para a equipe do atual líder do PSL na Alesp.

Sonaira Fernandes de Santana (foto) trabalhou de fevereiro de 2015 a março deste ano no gabinete do filho 03 do presidente Jair Bolsonaro em Brasília, onde conheceu Gil Diniz, também ex-assessor de Eduardo. Como secretária parlamentar na Câmara, recebia salário bruto de 7,8 mil reais, praticamente um terço do seu vencimento atual, de 24,7 mil reais.

Na denúncia contra Gil Diniz feita ao Ministério Público paulista, o ex-assessor Alexandre Junqueira, que deixou o gabinete em julho, disse que era Sonaira quem recebia em dinheiro os valores das gratificações que os funcionários era obrigados a devolver ao parlamentar. Tanto ela quanto Gil negam a acusação. Eduardo Bolsonaro ainda não se manifestou sobre o fato.

Conhecido como “Carteiro Reaça”, Gil Diniz afirmou que Sonaira é uma “funcionária exemplar” e “correta” que foi estagiária de Eduardo Bolsonaro ainda na Polícia Federal. O parlamentar disse que vai provar que seu ex-assessor está mentindo entregando seus extratos bancários ao Ministério Público. Seus assessores – são 12 ao todo – devem fazer o mesmo, segundo ele.

Braço-direito de Eduardo Bolsonaro em São Paulo e vice-presidente do diretório paulista do PSL, Gil Diniz afirma que Alexandre Junqueira “saiu magoado” porque foi exonerado “por não se adequar à rotina do gabinete”. Ele aponta uma série de contradições na versão apresentada pelo ex-assessor, como uma publicação no Facebook em que dizia estar representando o deputado em um evento em Mogi das Cruzes em julho, quando, de acordo com seu relato, já estaria afastado do gabinete e recebendo salário como funcionário fantasma.

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