Marcos Oliveira/Agência SenadoEd

As estratégias dos governistas para atrasar a CPI da Covid

13.04.21 15:11

Diante do fracasso da tentativa de impedir a criação da CPI da Covid no Senado, o governo traçou estratégias para pelo menos atrasar o início das investigações. Parlamentares alinhados ao Planalto tentarão postergar as indicações dos partidos à comissão e pretendem questionar a segurança sanitária das sessões presenciais, dado que três senadores morreram vítima da Covid-19.

O presidente da casa, Rodrigo Pacheco, deve ler o requerimento para a instalação da CPI na tarde desta terça-feira, 13. Depois dessa etapa, caberá às lideranças partidárias a designação de seus representantes na comissão. Há um porém: o Regimento Interno do Senado não estabelece um prazo para as indicações.

Em razão do vácuo normativo, Pacheco pretende conceder dez dias para as indicações. Governistas, contudo, podem contestar o prazo. Caso a investida falhe, a intenção é pressionar os líderes a indicar os nomes somente na data-limite, o que fará com que o Planalto ganhe tempo nas negociações.

Em outra ofensiva, o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (foto), já avisou a colegas que apresentará uma questão de ordem sobre o formato da CPI. O senador defende que os trabalhos da comissão, que envolvem interrogatórios, ocorram presencialmente. O emedebista ressalta que, para isso, parlamentares e servidores precisariam estar imunizados contra a Covid-19, o que atrasaria ainda mais o início dos trabalhos.

Uma das linhas de argumentação é de que outras CPIs e CPMIs estão com suas atividades suspensas desde o início da pandemia da Covid-19, em março de 2019.

A questão de ordem é um recurso usado pelos senadores quando há o interesse em dirimir dúvidas a respeito da interpretação ou aplicação do regimento em casos em debate na casa. A questão é decidida pelo presidente da sessão, com recurso ao plenário.

As novas estratégias foram alinhadas em meio à derrota do governo na tentativa de incluir governadores e prefeitos no escopo das investigações. O objetivo era o de tirar Bolsonaro dos holofotes.

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  1. NÃO CREIO QUE IRÁ VINGAR ESSA PROPOSTA MAS TAMBÉM O PACHECO NÃO É CONFIÁVEL. O BOZO COOPTOU ATÉ ADVERSÁRIOS NESTE MOMENTO MAS TAMBÉM SABE QUE AS DERROTAS JÁ SÃO GARANTIDAS ENTÃO TENTA POSTERGAR O ANDAMENTO DO PROCESSO.🚔⚔🔪☠

  2. Brasília e Media totalmente alienadas da ruptura do tecido social. Quantos pedidos de doação para comida/cesta básica para os necessitados vc recebeu hoje? Se a coisa não for pro "vinagre" dessa vez é porque "ele" afinal é brasileiro. Vamos ajudar meu povo!

    1. Sim, vamos ajudar. A prioridade um para o país é remover o genocida da presidência. Fazendo isto, todo o resto se resolve como se fosse mágica!

    1. Verdade, um circo caro, pago por nós e que já custou mais de 350 mil vidas

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