Reprodução/Facebook/Bruno Covas

As armas de Covas e Boulos para a reta final do 2ª turno em SP

21.11.20 12:03

Os primeiros debates do segundo turno e o reinício da propaganda eleitoral no rádio e na TV evidenciaram as armas que os candidatos Bruno Covas, do PSDB, e Guilherme Boulos, do PSOL, vão usar para tentar vencer a eleição na maior cidade do país no domingo, 29.

À frente nas pesquisas, com 58% dos votos válidos, o atual prefeito ataca a falta de experiência do rival em cargos públicos e tem explorado a pecha de radical de Boulos em razão da atuação dele como líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, o MTST, que promoveu grandes invasões de terrenos nos últimos anos para pressionar o poder público a construir moradias populares.

O próprio Boulos deu munição à campanha tucana logo na largada do segundo turno ao sugerir, durante uma sabatina, que pretende combater o déficit da previdência municipal, calculado em 5,5 bilhões de reais, contratando mais servidores públicos, o que, na visão dele, aumentaria a receita com a contribuição compulsória dos ativos para pagar o benefício aos inativos.

O candidato do PSOL só esqueceu de considerar o impacto das contratações na folha de pagamento da prefeitura e que a aposentadoria desses novos servidores no futuro recairá sobre a mesma previdência deficitária. Após ser criticado por uma série de economistas, Boulos gravou um vídeo dizendo que não quis dizer o que disse e culpou a imprensa por tirar sua frase de contexto. Covas aproveitou a escorregada para enfatizar a inexperiência do adversário, dizendo que Boulos “faz um discurso bonito”, mas “não sabe fazer conta”.

Reprodução/Facebook/Guilherme Boulos

Como resposta à sua inexperiência, Boulos, que é professor e tem 38 anos, começou a campanha do segundo turno destacando a trajetória e as realizações de sua vice, a deputada Luiza Erundina, de 86 anos, que foi eleita prefeita da capital paulista em 1988. Disse que Erundina irá ajudá-lo a governar a cidade e aproveitou o tema para atacar Covas.

A campanha de Boulos provocou o tucano ao dizer ele “esconde” o vice, Ricardo Nunes, do MDB. O nome do emedebista já apareceu em uma série de reportagens em um suposto esquema de favorecimento de entidades privadas nos convênios feitos pela prefeitura para gestão de creches municipais. Nos últimos dias, apoiadores do candidato do PSOL espalharam nas redes as suspeitas envolvendo o vice de Covas para desconstruir a imagem de bom gestor que o tucano tenta transmitir em sua propaganda.

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  1. Boulos deve ser um tipo de reencarnação de René Descarte ao inverso: fala o que não falou e diz que pensa, logo, não existe...

  2. Quem quiser,que compre esse novo Boulos.um maluco,que há pouco tempo estava servindo de escudo pro luladrão.abre o olho São Paulo !

  3. e o quebra-quebra no Carrefour aqui em SP ontem à noite? faixas do PSOL não faltaram, inclusive uma pedindo um governo operário e camponês. Gente muito moderna....

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