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Argentina volta ao ataque contra o FMI

26.10.21 08:18

O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, assumiu o posto em dezembro de 2019 com a missão de conseguir renegociar a dívida com o Fundo Monetário Internacional, o FMI. Apesar de não ter experiência em governo, ele tinha uma longa passagem acadêmica em renegociação de dívidas e desenvolvimento.

A Argentina conseguiu um acordo com os credores privados em agosto do ano passado, mas ainda falta fechar um acordo com o próprio FMI. As conversas ainda prosseguem, mas devem ficar menos amistosas daqui em diante.

No domingo, 24, Guzmán afirmou durante um debate em Buenos Aires que a instituição emprestou dinheiro ao governo de Mauricio Macri, em 2018, porque tinha interesse político.

O Fundo não vai reconhecer. Os Estados Unidos também não. O FMI financiou a campanha de Macri. Agora os argentinos estão pagando a campanha de Macri“, disse Guzmán.

A mudança de tom de Guzmán foi precedida por um vídeo nas redes sociais do grupo de jovens La Càmpora, que é controlado por Máximo Kirchner, filho da vice-presidente Cristina. No filme, eles dançam animados ao lado de Máximo e de sua mãe (foto). “Essa dívida que deixaram, nós não vamos pagar. Com a fome do povo não se mexe nunca mais“, cantam.

O tom agressivo caiu mal entre investidores e credores que torcem por um acordo, mas foi impossível de evitar. A Argentina tem eleições legislativas marcadas para o dia 14 de novembro. Criticar o FMI sempre rendeu votos entre os eleitores mais fanáticos dos Kirchner.

Basicamente, é uma questão de conjuntura eleitoral. Cristina Kirchner tem pressionado o governo a não abandonar a linha de confrontação com o FMI, pois isso é algo de forte apelo no kirchnerismo duro“, diz o cientista político Patricio Giusto, da consultoria Diagnóstico Político, em Buenos Aires. “Não é uma situação em que Martín Guzmán se sente confortável, porque ele é talvez o último ministro mais ou menos sério do gabinete. Mas Guzmán provavelmente está tendo de seguir essa postura do La Cámpora e de Máximo Kirchner.”

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  1. A Argentina é um dos poucos países do mundo que tem condições em recursos naturais para fechar suas fronteiras e dar uma banana para o mundo. Bastaria um pouquinho de organização. No início do Século XX, a Argentinha detinha o equivalente a mais de 50% do PIB da América Latina.

  2. ...por casamento sou vida de Argentina, minha cidadania e formação acadêmica sustentam que: O peronismo é uma das doenças incuráveis da A.Latina. Esse filhote da Cristina é o candidato pra suceder o babaca do Fernandez. La Campora é o movimento pro Máximo Kirchner, cuja etmologia reside no fato histórico de Campos e no Governo e Perón no poder, anos 50, quando este foi deposto e elegeu o Campora como seu poste....Então, o Máximo, seria o Campora da mãe: Ele no Governo e ela no poder. Fangulo!

  3. Governo perdulário (como o brasileiro) gasta demais e depois reclama de pagar o que precisou tomar emprestado! Injusto com as futuras gerações, que têm o futuro comprometido.

  4. Está certo. É importante jogar pra galera, sacar uns votos a mais e, de quebra, tentar legitimar o calote que vão dar, não pelo empréstimo ter sido ilegal, imoral ou ilegítimo, mas sim pelo país estar completamente falido.

  5. A Argentina não sai desse buraco. Esses ismos só afundam o país. Criaram a guerra das malvinas só pra desviar a atenção dos problemas políticos e econômicos. E esse embate FMI x argentina, já dura uma eternidade. Os paises da América Latina não conseguem votar e manter bins candidatos no governo. Preferem populistas corruptos e mentirosos para se enganarem. Acreditam em fórmula mágica. Triste realidade.

  6. Quem pariu Mateus que o embale. Kirchnerismo encarna, por incrível que pareça. o defunto do Peronismo. Um fantasma que assombra a Casa Rosada. Há uma energia dessa política com o esquerdismo de nosso hemisfério. O lulismo é um protagonista desta ideologia. Fazem parte do Parque dos Dinossauros.

  7. é a velha desculpa da incompetência e da irresponsabilidade . evoensar que nos invejávamos os argentinos anos atrás.

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