Adriano Machado/Crusoé

Área econômica de Bolsonaro quer dar ‘munição eleitoral’ para Trump recuar

02.12.19 13:15

Integrantes da área econômica avaliam que o governo Jair Bolsonaro precisa dar a Donald Trump “munição eleitoral” para o presidente americano recuar da decisão anunciada nesta segunda-feira, 2, de retomar as tarifas de importação sobre o aço e o alumínio produzidos no Brasil.

Pega de surpresa, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes (foto), considerou que Trump fez o anúncio da medida protecionista contra Brasil e Argentina como um aceno a seu eleitorado, baseado nas últimas pesquisas. O presidente americano disputará a reeleição em 2020.

Nesse cenário, auxiliares de Guedes defendem que o governo brasileiro apresente às autoridades dos Estados Unidos uma visão completa do plano de abertura comercial que o Brasil está elaborando. Na avaliação da área econômica, o plano serviria como base para o discurso de recuo de Trump.

“Trump sempre foi claro ao dizer que o Brasil é muito fechado. Você precisa apresentar algo para ele anunciar que voltou atrás. Algo como ‘o Brasil apresentou um plano melhor para  as companhias americanas, então eu vou voltar atrás da decisão de elevar as tarifas'”, diz um auxiliar de Guedes.

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  1. Os EUA estão sendo atropelados por China e Índia. Isso vai acontecer mas Trump vai fazer tudo pra q isso não ocorra em seu governo. Ele não tem amigos, aliados etc... ele tem interesses. Ate’ a Europa não o vê mais como aliado. Fez um jogo de cena com Bolsonaro com promessas de alianças, mas depois q viu Bolsonaro se aproximando da China, a brincadeira acabou. Duvido muito q ele retire as taxas de importação. Ele é empresário do tipo selvagem, se precisar derruba tds pra ter uma vantagem.

    1. Fernando W, o Paulo Guedes é um cachorro velho e esperto, não precisa de truques novos pois já conhece os truques que precisa fazer. Não fosse o Guedes, eu já não teria esperanças em relação à economia, pois do vira-latas que ocupa a presidência não espero truque algum.

    2. Engano seu, meu caro... É comprovado que cachorros velhos aprendem truques novos, mas quanto ao JB não tenho certeza.

    3. E como Bolsonaro não tem um décimo do entendimento que você aparenta ter, achou que realmente tinha o apoio incondicional do Trump. Baseado neste engano, tomou uma série de medidas erradas, como por exemplo "dar" Alcântara aos americanos. Concordo com você e acho que Trump não voltará atrás, não é seu estilo. Se JB conseguir entender que países não têm amigos, têm interesses, já será um ganho. Mas também não acredito nisso. JB é um cachorro velho, e burro. Não aprenderá um truque novo.

  2. A proposta da equipe do Guedes, de apresentar ao governo americano o plano de abertura econômica que está sendo preparado, é das coisas mais tolas e ingênuas que poderiam imaginar. O negócio do Trump é - e sempre foi - o "America first" e ele cumpre o que se propôs. O Brasil não tem de posar de submisso aos interesses americanos, mas, sim, de cuidar daquilo que é do nosso exclusivo interesse. Não existe amizade entre países, mas negócios e interesses. Cada qual que trate de bem cuidar dos seus.

    1. Marcos -- Você está completamente certo. O dificil é explicar isso para os bozofanáticos que possuem uma foto do Trump no quarto.

    2. Marcos; é assustador o amadorismo do governo, quer a vassalagem de JB, tendo recebido desprezo e uma banana, quer a ingenuidade de Guedes e a incapacidade do Arnesto. O país deveria, desde o início, ter proposto um acordo com os USA, que envolvesse a Base de Alcântara, o etanol, etc..., em favor deles, e colocado os itens de nosso interesse, tais como o aço, a carne e outros produtos e serviços (visto de entrada, p.ex.). Ficou tudo no improviso, apenas no papo, e levamos mais um nabo.

    1. A China não é democrática. Mata dissidentes e mantém campos de concentração vendendo os órgãos e queimando o que sobra😢

    2. Não precisa ter uma impressão, tenha uma certeza. Temos agora mais do que nunca, aprender mandarim.

  3. Quem joga xadrez sabe muito bem a importância de observar e se antecipar ao oponente. Na verdade a política, e em especial política internacional é um grande jogo de xadrez, e portanto tem que saber jogar, e para jogar bem tem que entender, saber do que está falando. Como todo jogador experiente, acredito que o Brasil tem que mover as peças, e na direção certa se quer ganhar. Enfim, acredito que a jogada da equipe do Guedes pode ser bem sucedida, mesmo que não seja um xeque mate. Minha opinião!!

    1. Sebastião, achei bem sensata a sua avaliação, soube se articular sem menosprezar ninguém, parabéns!

    2. Ninguém é ad eternum. Nem Nações poderosas e nem as fragilizadas. Haverá sempre um Davi para derrubar um Golias.

  4. Tolinho esse Guedes. Trump cuida do q interessa aos americanos. É um cara facil de ler e mesmo com seus nós, nao faz bozices. Atua firme e forte, infelizmente pra nos q abaixamos as calças no começo e agora nao temos como puxa las de volta. A relaçao com os EUA é mto importante, mas a nossa diplomacia, bozzo e seu filho comprometeram o sucesso nessa area

  5. A ingenuidade de Bolsonaro poderia ter outro nome: incapacidade de gestão (desde o início). Os erros nas avaliações geo-política e geo-econômica são gritantes. O Min. Ernesto Araujo é péssimo, mau conselheiro de JB, ou capacho. JB desacelerou as reformas, com medo do funcionalismo, e dá prioridade ao partido Aliança; esses fatos irão repercutindo na economia e na confiança em relação ao Brasil, mais ainda. Isso em 11 meses. No andar da carruagem, em mais 3 anos, estaremos falidos de vez.

    1. Comentário perfeito. Como 57 milhões votaram neste energúmeno.

  6. Guedes está certo; Trump joga para a plateia eleitoral. Jogou o bode na sala. Agora o Brasil mostra abertura econômica para poder tirar o bode. Negociação é assim que se faz.

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