Rosinei Coutinho/SCO/STF

Aras invocará precedente de Temer para que depoimento de Bolsonaro seja por escrito

02.07.20 16:52

O procurador-geral da República, Augusto Aras (foto), deve se manifestar entre hoje e amanhã sobre o pedido da Polícia Federal para ouvir o presidente Jair Bolsonaro no inquérito sobre as acusações de interferência na corporação feitas pelo ex-ministro Sergio Moro, no dia do seu pedido de demissão

Crusoé apurou que a manifestação de Aras será no sentido de se manter o precedente aberto pelo ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, que permitiu ao então presidente Michel Temer depor por escrito no inquérito dos Portos.

Desde que a PF indicou a necessidade de colher o depoimento do presidente, a forma como ele seria ouvido começou a ser debatida. Na última semana, o ministro Celso de Mello, relator do inquérito, encaminhou o pedido da PF para Aras se posicionar.

Aras reuniu as manifestações de Barroso à época para invocar o precedente. Integrantes do Palácio do Planalto já haviam se manifestado pela preferência de Bolsonaro em mandar suas respostas por escrito.

Temer foi único presidente do período pós ditadura militar a ter que prestar depoimento à PF na condição de investigado. À época, sua defesa se manifestou pelo interesse de enviar suas alegações e Barroso acatou a solicitação.

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